Novo Golf GTI: menos bonito, mais potente

Novo HB20

Não escondo que o Golf GTI foi um dos carros mais legais que já guiei (atrás do BMW M2, obviamente). Mesmo longe de ser o mais potente e visceral, foi certamente um dos esportivos mais bem ajustados que pude testar. Sua aposentadoria, em 2019, deixou um buraco, preenchido temporariamente pelo híbrido GTE (de geração passada), pois a nova geração acaba de ser revelada e que seria a estrela da marca no Salão de Genebra, que foi cancelado por causa dos casos de coronavírus na Europa.

O novo GTI chega com a estranha carranca da nova geração. O Golf em si é bem mais feio que seu antecessor e o GTI é definitivamente o mais feio de sua história, com sua bocarra vazia e bico murcho, como se tivesse dado com a fuça no muro.

Motor

Por outro lado, ficou mais bravo (mesmo que pareça que tenha levado uma surra). Seu motor TSI 2.0 turbo teve a potência recalibrada para 245 cv, contra 230 cv de seu antecessor. O torque também subiu de 35 mkgf para 37,7 mkgf, o que deixou o hatch ainda mais nervoso.

Sua transmissão de série é manual de seis marchas, mas ele pode receber caixa de dupla embreagem e sete marchas, com acionamento por uma diminuta alavanca no console, como no novo Porsche 911.

O Xadrez do Golf GTI

Por dentro, o Golf GTI mantém a tradição dos bancos com revestimento parcial em tecido xadrez. O painel tem estilo limpo, com difusores do ar-condicionado integrados às molduras. Ao mesmo tempo, a imensa tela do multimídia, de 10,25 polegadas, serve de acesso às funções internas do carro como refrigeração, navegação entretenimento, conexão e também para auxílio de manobra.

Completam o visual o quadro de instrumentos digital e a iluminação interna com cerca de 30 opções de cores, que fazem do GTI uma verdadeira boate quando a noite cai.

GTE e GTD

Junto do GTI, a VW também levaria para Genebra as versões diesel e híbrida do esportivo. O GTD conta com motor 2.0 turbodiesel de 200 cv e 40 mkgf de torque, associado à caixa automática. Já o GTE combina o motor 1.4 de 150 cv com módulo elétrico, que eleva a potência para 242 cv.

 


Fotos: divulgação

 


 

Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 

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Ver comentários (4)

  • Infelizmente tenho que concordar que esse carro ficou muito estranho. Não entendo porque a VW não usou como base o design do Arteon, pra mim o VW mais bem acertado esteticamente dos últimos tempos.

  • As rodas são feias, o capô parece o sapatênis que uso para aliviar o juanete e aquelas 10 luzes flutuando na grade inferior são como apliques de bicicletas antigas...
    Tem câmbio manual? NÃO ?????? Então não gosto.

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