Em época de vacas magras no mercado automobilístico tupiniquim, mais uma alemã chega oficialmente ao Brasil: a Porsche. É a 18ª subsidiária da marca no mundo, a primeira na América Latina, e é formada por uma joint venture entre a Porsche AG, com 75%, e a Stuttgart Sportcar, antiga importadora, com 25%.
Pode parecer loucura chegar num momento em que o mercado, como um todo, está vendendo em torno de 22% a menos do que o ano passado. Mas, segundo Matthias Bruck, presidente da Porsche Brasil, apesar da decisão ter sido tomada em 2014 e nosso Pais ter ficado atrás do México, líder em vendas da marca na América Latina, foi uma decisão estratégica, pois acreditam que o mercado brasileiro mostra um bom potencial a médio prazo.
Olhando pelo lado deles, até que isso faz sentido, já que, se as vendas da Porsche Brasil não cresceram, também não caíram, apesar da crise no setor. Nos 10 primeiros meses de 2014, foram comercializadas 596 unidades. No mesmo período deste ano, foram 597. Ou seja, a crise não é para todos e, pode-se dizer que o mercado de automóveis de luxo vai muito bem, obrigado!
Instalada em um suntuoso escritório no bairro do Brooklyn, em São Paulo, capital, os diretores da Porsche Brasil enfatizaram que a vinda oficial deles não quer dizer que os Porsche serão fabricados aqui, no futuro. Não existem planos para construir uma nova fábrica nem na China, onde, no mesmo período de 10 meses deste ano, a Porsche vendeu nada menos do que 49.190 unidades.
Por enquanto, a Porsche tem apenas sete concessionárias no Brasil. A ideia, segundo Matthias, é ampliar esse número progressivamente de acordo com o aumento das vendas; trazer todos os modelos da marca, bem como todas as suas várias versões; e, também, dar a garantia aos carros vindos por meio de importações independentes, pois ela é internacional.
Enfim, tomara que o governo faça com que o mercado dos “pobres” enxergue essa mesma luz no fim do túnel!
Fotos: Emilio Camanzi e divulgação Porsche