Elas eram em cinco. Cinco crianças habituadas ao dia-dia dos pequenos nos tempos atuais. Escola pela manhã ou tarde, algumas horas de “animação” na TV, celular com seus jogos, influenciadores e tudo aquilo que, alguns pais, nem sabem realmente do que se trata realmente. Mas é a vida de hoje, sem amarelinha, sem bola de gude, sem pega-pega, sem esconde-esconde, sem jogo de “bafa”. Só o olhar pregado nas telas ou telinhas. É o mundo virtual.
Por isso, qual não foi a minha surpresa ao ver essas cinco crianças, quatro meninas e um menino, não dando a mínima para toda a tecnologia embarcada no Jeep Commander. Tentei explicar sobre o motor Turbo Diesel TD 380, 4×4, com 170 cv de potência, ou contar sobre o controle de tração, que garante segurança ao dirigir em pisos de baixa aderência; falar do conjunto ótico Full led, dos air-bags e até da Alexa, que todos eles têm em casa e vive falando para ela tocar isso ou aquilo. Ou o “pare Alexa!”, dando muita risada com a obediência da “máquina”.
Falei sobre Commander, onde é possível até mesmo acionar o comando para abrir o portão da garage, saber das condições do tempo, ou até mesmo incluir um novo item na lista de compras do super. Enfim, tudo aquele que eles, mesmo os menores, sabem de cor e salteado, a ponte de ensinar adultos. Mas, além dos inúmeros itens eletrônicos que garantem um rodar seguro e confortável, este modelo da Jeep oferece espaço para sete pessoas.
Sete pessoas? Eu vou no fundo!
Pois este foi o item do Commander que impressionou as cinco crianças. Quando falei que duas pessoas iriam na frente, três no meio e duas no “fundão”, a reação foi única: – “eu vou no último banco”. E partiram para dentro do Jeep em disparada.
Mas nada que uma “palavra de ordem” não resolvesse: – os menores vão lá atrás e depois agente troca, combinado? Três reações de decepção, mas iniciamos a viagem, cerca de 350 km, com reações engraçadas das duas meninas, com 6 e 7 anos, no fundão que não paravam de falar como era “legal” ver todo mundo – “aí na frente” – do carro.
O menino, claro, levou uma bola. E, num determinado ponto da viagem, deu-lhe um chute, demonstrando a ansiedade dos garotos que estão prestes a fazer 10 anos.
– Aqui dentro é tão grande, que eu pensei que “tava num” campo de futebol, explicou o menino, com ar maroto.
Ao seu lado, a mais velha do grupo, com 11 anos, mostrava sua ansiedade em passar para a última fileira de bancos, perguntando quando ela iria sentar lá, ao lado da prima, com seus 10 anos.
– Vô, quando será a nossa vez?
Explicado está que as cinco crianças são netas deste que voz escreve e que resolveu levar sua turminha para andar no Commander de sete lugares, e foi surpreendido pela “descoberta” de que seus netos não se atentaram para as atrações eletrônicas do Jeep, mas por algo tão singelo como os seus bancos traseiros.
A pressão para andar lá “atrás” foi permanente. E algumas paradas foram feitas para a troca de lugares. Mas não pensem que esperavam que se movessem os bancos intermediários para a troca de lugares. No início, antes que a meninas ocupantes da última fileira de bancos os deixassem, as duas substitutas já estavam lá, colocando seus cintos de segurança, praticamente expulsando ambas.
Foi uma viagem divertida e as crianças adoraram. Por isso sugiro, a quem conseguir pegar alguns pequenos, levá-los para andar lá no “fundão”. A sugestão é porque, por algumas horas, nenhum deles pegou o celular para um joguinho, assistir a um filme ou animação.
Ah! Para coroar o dia sem celulares e agregados, uma visita à Fazenda do Chocolate (Estrada dos Romeiros, km 90, Itu), onde as crianças divertiram-se ao ouvir de uma delas, que não devemos ficar perto das Lhamas (*) porque elas cospem nas pessoas.
– Já vim aqui e minha mãe chegou perto delas e levou uma cuspida. Eu dei muita risada por causa disso.
(*) A Lhama é um mamífero ruminante, comum em regiões acima de três mil pés de altitude na América do Sul, como Chile, Bolívia, Peru e Argentina. Difícil entender estarem num lugar onde, dia desses a temperatura batia nos 37º. Outros animais também pode ser vistos na Fazenda, como bois, vacas, patos, marrecos e outras aves.
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Foto: chicolelis e divulgação
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chicolelis começou no jornalismo em 1960, no jornal A Tribuna (Santos/SP), passou pela Ford, onde foi aluno do mestre Secco, foi para a Goodyear, depois para
O Globo (Sucursal de São Paulo) e dali para GM, onde ficou por 18 anos. Em seguida, fez consultoria para a Portugal Telecom e depois editor do Caderno de Veículos do Diário do Comércio (SP)
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