Você não deve ter entendido muito bem esse título, não é? Então, deixe-me explicar: os automóveis do tipo sedã possuem um espaço atrás do banco traseiro chamado de “porta-chapéu”. É, isso mesmo. Nos modelos antigos essa era, realmente, a função desse espaço. Como era moda usar chapéu, para que os homens não os amassassem dirigindo ou viajando como passageiro, o espaço servia para que os colocassem ali.
Quando começaram a surgir os modelos hatch e as peruas com cobertura do porta-malas, essa parte passou a ser conhecida como “bagagito”. Tudo bem, a moda de usar chapéu passou, mas o espaço não mudou a função. Ali, só devem ser colocados objetos muito leves e que não atrapalhem a visibilidade do motorista. Como os chapéus.
Porém, com famílias grandes, muitos trecos para levar, você não quer nem saber: enche o carro todo; preenche cada espacinho, inclusive o bagagito, com sacolas, brinquedos das crianças, e por aí vai. Ou, por comodidade, larga as coisas ali em cima.
Fique esperto. Lotar o bagagito de objetos significa diminuir a visibilidade traseira, ameaçando a sua segurança e a de todos que estão a bordo ou à sua volta. Outro problema grave dos objetos soltos é que, numa freada forte ou batida, eles vão voar na cabeça dos que estão sentados no banco traseiro e até mesmo nos que estão no banco da frente. A velocidade e a força do impacto deixam tudo bem mais pesado. E as consequências podem ser graves, inclusive com risco de morte se o objeto for pesado, como uma pequena geladeira portátil por exemplo.
Resumindo: o ideal é deixar o bagagito livre ou, pelo menos, com coisas bem leves como travesseiro, cobertor ou toalha, desde que não atrapalhem a visão do motorista pelo espelho retrovisor. Mas, o ideal mesmo é deixar só o chapéu!
Fotos: Emilio Camanzi