Mercedes-Benz, 60 anos de Brasil

 

A data ainda está um pouco longe, 28 de setembro, mas a Mercedes-Benz já começou a festa para comemorar os 60 anos que está produzindo no Brasil, mais precisamente em São Bernardo do Campo, SP, na que é a maior fábrica da Daimler fora da Alemanha.

Para o evento, que começou com uma festa aos funcionários, foi montado um grande galpão, onde, além da história tupiniquim, o grande momento, inspirado no slogan “movendo o futuro”, foi a apresentação do Future Truck, um caminhão autônomo, que está sendo desenvolvido na Alemanha e deverá estar operacional em 2025. Além disso, estão vários modelos antigos que marcaram essas seis décadas da marca por aqui. E não foi pouco, não! Desde a inauguração já produziu 2,12 milhões de veículos comerciais, sendo 1,83 milhões deles vendidos no Brasil.

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Hoje, além da fábrica de São Bernardo, tem outra em Juiz de Fora, onde foram feitos os Classe A de 1999 a 2005 e, atualmente, produzem caminhões (no futuro, fará todas as cabines de todos os caminhões); e uma nova em Iracemápolis, SP, onde fabrica o Classe C e, no segundo semestre deste ano, dará início à produção do SUV compacto GLA.

Philipp Scheiemer, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO para a América Latina, declarou que, apesar da crise política e econômica pela qual passa o Brasil, a marca continua confiando no País, pois acreditam numa solução e na garra do povo para superar tudo isso. Tanto que, de 2010 a 2015, foram investidos 2,5 bilhões de reais e está programado mais 1,3 bilhão até 2018. Nesses planos, está também a primeira picape média da marca que deve chegar até 2020.

 

[su_heading size=”20″]Future Truck[/su_heading]

 

Sem dúvida, o ponto alto foi a apresentação do Mercedes-Benz Future Truck 2025. De acordo com estudos feitos pela marca, em 10 anos, os caminhões rodoviários poderão rodar de forma autônoma pelas vias expressas nos Estados Unidos e Europa, aumentando a eficiência dos transportes, a segurança de todos nas estradas, além de reduzir o consumo de combustível e as emissões de CO2.

O caminhão do futuro continuará a ser movido com motores diesel, pois ainda não foi achada nenhuma solução alternativa viável para o transporte de cargas em longas distâncias. Mas, a segurança será muito maior. Para isso, a Mercedes conectou os sistemas de assistência, já existentes, a sensores aprimorados do piloto automático rodoviário “Highway Pilot”, possibilitando que a condução autônoma (sem que o motorista esteja dirigindo) já seja possível em velocidades reais e situações de trânsito normal em rodovias expressas.

As linhas suaves do caminhão também foram pensadas para transmitirem uma sensação de leveza, enquanto que o interior foi realizado de forma a trazer todo o conforto ao motorista que, durante o percurso que o veículo se desloca de forma autônoma, poderá estar trabalhando em um tablet conectado à internet. Para maior conforto do motorista, o banco pode ser reclinado e virado a 45 graus.

Câmeras substituem os retrovisores externos, enquanto que os faróis com LEDs, por exemplo, somente surgem ao ser ligado o motor. Interessante é que, ao ser dirigido por um motorista, as luzes são brancas. Ao passar para o modo autônomo, tornam-se azuis e pulsam, sinalizando aos outros usuários o modo de condução.

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Outro detalhe é que ele não precisa, necessariamente, fazer parte de um comboio. Por meio de avançados sistemas de sensores de radar e câmeras, ele se conduz de forma autônoma, independentemente de outros veículos ou estações centrais controladoras. Um radar na parte dianteira varre a rodovia em modo longo alcance (250 metros e ângulo de 18º) e curto (70 metros e 130º), enquanto que uma câmera estereoscópica, atrás do para-brisa, monitora toda a frente do veículo, com um alcance de 100 metros e varrendo uma área de 45º na horizontal e 27º na vertical. Essa câmera é capaz de identificar estradas de faixa única, dupla, pedestres, objetos em movimento ou parados, além da superfície da estrada, medindo as distâncias com precisão. E, ainda, registra as informações dos sinais de trânsito e reconhece os marcos de sinalização.

Sensores de radar nas laterais monitoram a superfície da estrada do lado esquerdo e direito, varrendo uma área de 60 metros à frente com um ângulo de 170º.  Assistentes de pontos cegos controlam as duas laterais do veículo.

Todos os sistemas estão interconectados e centralizados em um computador, permitindo um controle total em volta do caminhão, auxiliado pelos sensores que chegam a identificar o traçado da estrada pela configuração das bordas, proteções laterais e até pela vegetação.

Enfim, ao entrar em uma estrada, o motorista será “avisado” pelo veículo que pode escolher uma faixa adequada de rodagem, ligar o modo autônomo, rodar na velocidade máxima permitida, evitando a monotonia de dirigir por longos trechos com retas longas. Claro que, para que isso tudo funcione de modo seguro, será necessária uma infra-estrutura rodoviária sofisticada, o que está sendo feito gradualmente. Uma realidade que, segundo a Mercedes-Benz estará disponível em 2025. Pena que para o Brasil, deverá demorar muito mais…

 

Os números da Mercedes em 60 anos de Brasil

 

Fotos: divulgação Mercedes-Benz e Emilio Camanzi

 

 

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