Mais precisão e menos intuição

A baliza não é apenas uma manobra, mas um ritual. Afinal, todos nós dependemos dela para passar no exame de direção. E depois disso, temos que fazer balizas para o resto dos dias em que nos prestamos a dirigir um automóvel. Até pouco tempo, manobrar um carro de forma impecável na frente daquele barzinho, era uma mostra de perícia. Mas, com exceção da prova do Detran, fazer baliza deixou de ser um exercício de contorcionismo, intuição e sorte, graças aos equipamentos de assistência, que vão desde o sensor de ré, até os sistemas que colocam o carro na vaga para o motorista.

O sensor se tornou um item corriqueiro e muito prático, principalmente nos dias de hoje, em que as vagas de estacionamento encolheram. Apesar de os automóveis terem diminuído em comprimento, a indústria buscou ganhar espaço aumentando a altura do carro. Assim, é possível ter um sedã com bom espaço para bagagem e passageiros com dimensões enxutas, mas com altura elevada. Isso fez com que a visão traseira fosse prejudicada, fazendo do sensor de estacionamento uma mão na roda.

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O funcionamento do sensor de estacionamento é simples. Nos para-choques são instalados quatro sensores que emitem frequência de ultrassom. Ela atinge o obstáculo e retorna ao sensor. O tempo de resposta é o que define a distância do para-choque ao obstáculo.

Alguns modelos contam com sistemas mais sofisticados, que projetam na tela da central multimídia gráficos que indicam a distância do carro em relação ao obstáculo. O recurso é útil, pois o motorista não tem apenas a intensidade do sinal sonoro como referência para a manobra.

Instalar um sensor de ré não demanda grandes investimentos, o equipamento custa em média R$ 200 e pode ser instalado em qualquer automóvel.

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Park Assist

Um degrau acima, está a câmera de ré. Com a popularização das centrais multimídia, a inclusão de uma câmera na tampa do porta-malas permitiu enxergar a distância entre os dois carros nos pontos onde o retrovisor não consegue mostrar ao condutor. Hoje há modelos que oferecem visão noturna, imagem em alta definição, gráfico que indica a direção do carro e outros recursos para tornar a manobra ainda mais segura e prática.

No entanto a cereja do bolo é o assistente de estacionamento, ou Park Assist. O sistema funciona graças a uma combinação de tecnologias, como direção elétrica e sensores frontais, laterais e traseiros, que fazem uma varredura de radar e conseguem “enxergar” o espaço para estacionar com o carro andando devagar. O sistema, depois de acionado por meio de um botão no painel, escolhido o tipo de vaga e o lado, assim que detecta o espaço ideal, emite um sinal sonoro e, ao parar o carro, assume a direção e indica ao motorista o momento de acelerar ou frear, até parar o carro corretamente. Em alguns automóveis mais sofisticados, até isso o sistema faz.

O recurso não é novidade. Já está no Brasil há cerca de cinco anos e ganhou popularidade no utilitário-esportivo Volkswagen Tiguan. Infelizmente é um recurso disponível apenas em modelos mais sofisticados e não pode ser instalado fora da fábrica.

A tecnologia definitivamente tem trazido facilidade para a vida do motorista, principalmente em um trânsito cada dia mais caótico. Mas uma coisa é certa: não há nada mais elegante de assistir como a dança de um Dodge Charger para entrar numa vaga, com aqueles repiques embolados de seu V8 e o cuidado milimétrico para não deixar que seus para-choques cromados toquem em nada. Ou apenas a glória de fazer uma baliza perfeita e olhar nos olhos do examinador e dizer para si mesmo: “Eu dirijo muito!”

 

Por Marcelo Iglesias Ramos

Jornalista (31) 99245-0855

 

Fotos: Internet

 

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Ver comentários (1)

  • Muito bom o conteúdo do portal.

    Para quem é acostumado com as matérias televisivas, é de encher os olhos.

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