Kia Sportage tem estilo ousado e adere à onda híbrido “leve”

Quinta geração do Kia Sportage chega ao mercado ao mesmo tempo em que o Grupo Gandini completa 30 anos de representação da marca sul-coreana no Brasil. O SUV médio tem linhas bem diferentes de todas as outras gerações e o seu estilo se aproxima do elétrico EV6. Na dianteira as luzes de circulação diurna em formato de “C” estendido dão aspecto futurístico. Na versão de topo EX Prestige as rodas de 19 pol. têm grande impacto visual, assim como a coluna traseira. Atrás as lanternas são unidas por uma barra e o limpador do vidro traseiro fica recolhido sob o defletor de teto, recurso estético interessante.

O novo Sportage, importado da Eslováquia, tem apenas 1 cm a mais de distância entre eixos (2,68 m) que a geração anterior, porém é quatro cm maior do que seu principal rival, o Compass. Também ganha em comprimento (4,51 m x 4,40 m) e largura (1,86 m x 1,82 m). Garante espaço interno e volume do porta-malas (562 litros, porém sem estepe) maiores. Claro, o Jeep tem aptidões para o fora de estrada bastante superiores.

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Acabamento interno agrada bastante com materiais de qualidade superior na versão Prestige. Parte dos encostos dos bancos dianteiros elétricos em couro é forrada por camurça e há ventilação e aquecimento. Volante multifuncional também é aquecido. Botão giratório substitui a alavanca de câmbio e no console todos os principais controles estão bem à mão. Impressionam as duas telas interligadas de 12,3 pol. (quadro de instrumentos e multimídia sendo esta curva e voltada para o motorista).

Apesar do carregador de celular por indução, conexão tem que ser por fio com duas portas USB. Teto solar é panorâmico. No banco traseiro há regulagem do encosto e as duas portas USB estão nas laterais dos bancos dianteiros em posição mais ergonômica. Túnel central é baixo.

Sportage 2023 é um híbrido “leve” de 48 V com alternador reversível em motor elétrico. Motor 1,6 L turbo a gasolina tem potência e torque combinados de 180 cv e 27 kgf.m. Câmbio automatizado é de sete marchas e duas embreagens. O conjunto motriz permite o modo Velejar para poupar combustível.

Em breve e primeira avaliação, as respostas ao acelerador são sempre imediatas em qualquer regime de rotações. Entre os sistemas de assistência ao motorista destacam-se câmeras nos retrovisores externos com imagem no quadro de instrumentos, permanência e centralização na faixa de rodagem mesma que a pintura no asfalto esteja quase ilegível e frenagem automática de emergência em cruzamentos.

Preços: EX, 224.990 e EX Prestige, 259.990.

 

Rolls-Royce 1937: o melhor no Encontro de Antigos em Araxá (MG)

 

Vigésima-quarta edição do Brazil Classics Kia Show, evento bienal de mais alto nível do País, em Araxá (MG), reuniu cerca de 300 modelos pré-selecionados. Este ano, além da programação cultural e exposição fotográfica, houve desfile de 50 carros pelas ruas da cidade em complemento à exposição estática e engajou novos apreciadores do antigomobilismo. Alguns participantes foram rodando de São Paulo a Araxá em viagem de 600 km com modelos das décadas de 1920 e 1930. Leilão em formato híbrido (presencial e online) incluiu 50 lotes com lances próximos de R$ 1 milhão.

O prêmio principal, “Troféu Roberto Lee Best of Show”, ficou com o Rolls-Royce Phantom III Sedanca Cabriolet Deville 1937, de Antônio Henriques. Encarroçado pela Freestone e Webb tem motor V-12 de 7,35 L e 165 cv (estimados). Por sua potência e confiabilidade, o motor foi utilizado em aviões na II Guerra Mundial. O troféu da Federação Brasileira de Veículos Antigos foi para um Horch Limousine (em alemão significa sedã) 951 A 1939, de Rúbio Fernal. Este colecionador também ganhou os troféus “Lalic” por seu museu e “Og Pozzoli” com um Hispano Suiza 1927 encarroçado pela Fiol Barcelona.

 

Rolls-Royce 1937

 

As premiações por décadas foram dos anos 1920 até os anos 1980. Entre os importados mais “novos” venceu o BMW 635 CSI 1984, de Tiago França, e dos nacionais, o VW Passat GTS Pointer 1988, de Fabiano Lobatto. Este ano instituiu-se o “Troféu Roberto Nasser” atribuído ao melhor carro esporte brasileiro: GT Malzoni 1967, de Boris Feldman.

 

Novo corte do IPI para automóveis e SUVs

 

O Governo Federal ajustou o primeiro decreto de corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que limitava a 18,5% o desconto sobre a alíquota de IPI para automóveis e SUVs, desde 1º de março último. Foi publicado no Diário Oficial da União de 29 de julho que o corte está maior agora: 24,75%. Ainda assim distante dos 35% de redução que contemplou outros produtos industrializados. Em março critiquei essa falha e previ que seria corrigida.

No Brasil a carga tributária continuará a mais pesada do mundo. Relação entre preço final e preço sem imposto era de quase 60% contra 9% nos EUA e 20% na Europa. O corte bastante modesto na alíquota do IPI ainda assim é bem-vindo por ser definitivo e não provisório. Dez anos atrás o IPI era zerado e as vendas disparavam. Quando voltava a subir, o mercado desabava.

Estudo da Bright Consulting aponta diminuição teórica no preço final de 0,5% a 1,3%, mas pode elevar as vendas entre 2% e 2,5% até o fim de 2022.

 

Coluna Fernando Calmon nº 1.212

 

 

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