Jeep, mas para o asfalto

[su_heading size=”20″]Renegade Sport 1.8 [/su_heading]

Se existem carros que de esportivos só tem a aparência, por que não ter um jipe com o mesmo conceito, ou seja, cara e corpo de off-road, mas que a trilha dele é o asfalto? Afinal, não é todo mundo que precisa ou, na maioria dos casos, está disposto a colocar seu carro no fora de estrada, mas faz questão de mostrar um espírito aventureiro. No máximo, vai ao sítio de um amigo, com uma estradinha de terra batida, por onde circulam carros normais com a maior tranquilidade.

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Foi pensando nesse público que a Jeep disponibilizou também versões do Renegade só com tração dianteira, como esta Sport 1.8, com câmbio manual de cinco marchas, a chamada versão de entrada, que mantém todas as características de aparência robusta das versões 4×4. Tanto que é preciso olhar com muita atenção e conhecer bem os detalhes de todas as versões para ver que, esta, é feita para a selva da cidade.

Com 4,23 metros de comprimento, fácil de dirigir, ele se dá muito bem no trânsito. A posição elevada de sentar atrás do volante facilita a visibilidade e passa aquela sensação de maior segurança, que agrada a muita gente. Só a visibilidade para trás é um pouco prejudicada pelas largas colunas, mas os grandes espelhos retrovisores externos ajudam, especialmente nas manobras.

Por dentro, o acabamento agrada com um painel recoberto por material emborrachado, arremates bem feitos e um quadro de instrumentos fácil de ler. Ar-condicionado e vidros, travas e retrovisores externos elétricos são de série. Os bancos dianteiros são confortáveis e o espaço ali também agrada. No banco traseiro, já não se pode dizer o mesmo. Tem lugar para três, mas só duas pessoas se acomodam bem. Porém, o assento curto e o pouco espaço para as pernas, depois de pouco tempo maltratam quem vai ali.

O porta-malas, apesar de permitir arrumar bem a bagagem, com apenas 260 litros de capacidade, não é dos maiores. Se a ideia for ter um carro para a família e para viajar, provavelmente terá que fazer uso do rack no teto – que é opcional nesta versão – para levar a bagagem de todo mundo. Detalhe interessante é uma lanterna que fica dentro do porta-malas, muito útil, caso fure um pneu à noite.

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[su_heading size=”20″]Mecânica[/su_heading]

Com o peso que tem – quase 1.400 quilos – desempenho não é o forte desta versão, equipada com o motor 1.8 flex de 130 cavalos com gasolina e 132 com etanol. Porém, não chega a ser tão ruim como se poderia imaginar num primeiro momento. Segundo a Jeep, o Sport 1.8 é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 10,8 segundos e chegar aos 180 km/h com gasolina e 10,2 s e 182 km/h com etanol.

Claro que é preciso acelerar um pouco mais do que seria normal para obter boas acelerações ou para tirá-lo da inércia em uma subida. Pelo menos, tem auxiliar de partida em rampa (de série) que auxilia nessa última tarefa e, depois que embala, até que se sai bem. Colabora nisso o bom câmbio de cinco marchas, com engates macios e precisos.

O problema maior vem quando está carregado e em retomadas de velocidade, momento em que se sente a falta de um pouco mais de torque em baixas rotações do motor, para obter melhores respostas. Além de obrigar a maiores reduções de marchas.

Quem se ressente dessa receita também é o consumo de combustível, que não é o forte dele. Com médias de 7,0 km/l de etanol e 9,8 km/l de gasolina, no circuito cidade estrada, deveria ser um pouco mais ponderado nesse quesito.

Detalhe importante do Renegade é quando se fala em segurança. Além de ter apoios de cabeça e cinto de três pontos para todos os ocupantes, sistema Isofix para fixação de cadeirinhas para crianças, além dos obrigatórios airbags dianteiros e sistema ABS nos freios, ele conquistou a nota máxima na proteção a passageiros e crianças nos testes de impacto, realizados na Europa e Américas Latina e do Norte. Para quem quiser incrementar mais, tem ainda airbags laterais e de cortina disponíveis como opcionais.

Como já disse acima, o Renegade Sport é fácil de dirigir na cidade, mas também se sai bem na estrada. Os freios a disco nas quatro rodas são eficientes e garantem freadas em espaços curtos, principalmente em pisos escorregadios, transmitindo segurança a quem está no comando. A suspensão independente nas quatro rodas, do tipo McPherson em todas, consegue filtrar bem as irregularidades do terreno e deixa o interior silencioso, mesmo em pisos ruins. Além disso, é calçado com pneus para o asfalto e é mais baixo que as versões 4×4 (200 mm de vão livre contra 223). Tudo isso dá a ele uma boa estabilidade e faz com que se saia bem quando o assunto são as curvas. Tem um comportamento definido, com leve tendência a sair de frente no limite, situação que é mais fácil de controlar, ainda mais com uma direção do tipo elétrica precisa. Controles eletrônicos de tração e estabilidade, de série, ajudam a colocar a casa em ordem, caso algum excesso seja cometido.

Essa menor “altura”, porém, acaba acarretando algo engraçado para um Jeep. Como a frente ficou mais baixa, o para-choque acaba raspando com alguma facilidade em entradas de garage, por exemplo. Ou seja, mais um detalhe para mostrar que as trilhas radicais para esse Renegade, ficam só na intenção. Porém, todo o conjunto repassa aquela boa sensação de robustez e faz com que se saia bem no nosso “off-road” urbano, cheio de buracos e lombadas.

 

Preço: R$ 74.990

 

Com todos os opcionais: R$ 91.990

 

Notas do Emilio para o Renegade Sport 1.8

 

Equipamentos de série e opcionais do Renegade

 

Ficha Técnica – Jeep Renegade Sport 1.8

 

Fotos: Vania Camanzi e Emilio Camanzi

 

 

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