Não custa lembrar que o Commander foi projetado e desenvolvido aqui no Brasil, é disponível com motores, flex e diesel, ambos com versões Limited e Overland. Mas fizemos a avaliação com a Limited turbo diesel 4×4 que, apesar do preço salgado, é a mais em conta e, nova, é o SUV de sete lugares com esse tipo de motor e tração 4×4 mais barato do mercado. Além do que esse tipo de motor, pela economia que proporciona, é o que mais interessa a quem quer um SUV grande.
Na frente o estilo mantém o forte DNA da Jeep, com as características 7 fendas na grade. Faróis Full-LED afilados, de neblina e de condução diurna em LED, e setas dinâmicas complementam. De lado o equilíbrio das linhas me agrada, enquanto que na traseira o destaque são as lanternas em LED que dão uma personalidade própria ao Commander. Mas eu acho que as setas deveriam ser dinâmicas como na frente.
Interior
Padrão da marca, o interior é muito bem-acabado e com materiais de qualidade. Olha só.
Parte superior do painel e portas dianteiras emborrachadas; revestimento em couro sintético e tecido Suede aplicado também na parte central do painel; além de bons encaixes e arremates, dão um ar de sofisticação ao interior. Nos equipamentos destaque para a multimídia de 10,1 polegadas com conexão sem fio para celulares, portas USB para as três fileiras e GPS nativo; quadro de instrumentos digital de 10,25 polegadas configurável; banco do motorista elétrico; park- assist; freio de mão eletromecânico; partida remota; chave presencial; botão de partida; e ar-condicionado automático de duas zonas.
Tem saída pra quem vai na segunda fileira, inclusive com regulagem de velocidade. Legal. Mas não tem saída prá quem vai na terceira fileira. Mancada né?
Quando o assunto é espaço, o Commander se dá bem. Na frente dois adultos vão confortáveis. Na segunda fileira mais dois nas extremidade e um desconfortável no meio. E atrás, com um acesso bem razoável e o banco da segunda fileira que se desloca longitudinalmente por 12 centímetros democratizando o espaço, cabem mais dois. Porém, para viagens longas o espaço é mais indicado para duas crianças.
Porta-malas
Pra facilitar a vida a tampa tem abertura e fechamento feitos eletricamente. Com todos os bancos baixados, tem 1.760 litros de capacidade. Se a viagem for com cinco pessoas, os 661 litros são muito bons. Porém com 7, os 233 litros que sobram vão obrigar a levar a bagagem no rack do teto.
Segurança
Em segurança esta versão tem um belo pacote de série. Além dos obrigatórios, vem com 7 airbags; controles de tração, estabilidade, anticapotamento e auxiliar de partida em rampa; detector de fadiga do motorista; sensor de ponto cego e tráfego cruzado; auxiliar de permanência em faixa ativo; alerta de colisão com frenagem autônoma que identifica pedestres e ciclistas; reconhecimento de placas de trânsito; controle automático de velocidade adaptativo; e bons freios a disco nas quatro rodas que param o Commander com eficiência.
Mecânica
A mecânica é conhecida, mas com algumas modificações.”
É o mesmo 2.0 turbo diesel que equipa Renegade, Compass e Toro. Mas para o Commander recebeu um novo volante, turbina e mapeamento da central eletrônica, o que permitiu aumentar o torque de 350 para 380 newtons metro. Necessários para poder empurrar com alguma desenvoltura os quase 1.900 quilos desta versão.
Mas eu esperava mais. Principalmente nas acelerações. Andando normalmente, o que se nota é que ele demora um pouco mais do que o desejável para sair da inércia. Depois de embalado, nas retomadas de velocidade, acaba indo melhor, graças ao bom câmbio automático de nove marchas, que também permite trocas manuais mais rápidas tanto na alavanca de seleção como nas aletas atrás do volante. Porém, um pouco mais de potência e torque no motor seriam bem-vindos. Principalmente para quando está carregado. Importante dizer que o Commander diesel já tem reservatório de Arla 32, agente redutor de emissões, o que permite que o SUV se enquadre nas novas normas antipoluição em vigor a partir de 2022.
E o consumo?
Nesse quesito, levando em consideração o peso dele, até que se saiu bem. Algo importante com os preços dos combustíveis nos dias atuais. Em nosso circuito padrão cidade/estrada chegou a uma média de 10,5 km/l.
E como anda?
Confirmou o que a gente já tínhamos observado. É confortável e muito silencioso em qualquer tipo de piso. E ainda passa uma boa sensação de robustez. Mérito da suspensão independente nas quatro rodas, que, apesar de seu tamanho, peso e altura do Commander, ainda garante uma boa estabilidade a ajuda da tração 4×4 do tipo sob demanda, que engata automaticamente a tração nas rodas traseiras só quando necessário.
E falando de tração 4×4…
Com bons ângulos de entrada, saída e altura do solo, conta ainda com a possibilidade de travar a tração em 4×4, tem 4×4 reduzida, controle automático de descida e três modos de condução: automático, neve e areia ou lama, se sai muito bem no off-road. Como conferimos e que vocês podem rever no vídeo que fizemos no lançamento.
Enfim, muito bem equipada de série e sem opcionais, esta versão, apesar do preço, tem uma boa relação custo/benefício. O que a torna uma boa opção para quem precisa, e pode, ter um SUV diesel de 7 lugares novo. Ciao e até a próxima.
Notas do Emilio
Desempenho 7
Consumo 8
Segurança 10
Estabilidade 8
Acabamento 9
Espaço interno 8
Porta-malas 4
Custo/benefício 8
Ficha Técnica e Lista de Equipamentos do Jeep Commander
Foto e vídeo: Carros com Camanzi
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