Isenção fiscal para carro elétrico coloca indústria brasileira em risco

Empresa de consultoria critica isenção fiscal para carro elétrico, o que beneficia apenas consumidores de alta renda e não incentiva fabricação local

O alto preço dos carros elétricos é sempre um dos principais problemas para a adoção desse tipo de tecnologia no Brasil. A isenção fiscal e tributária de modelos elétricos e híbridos é apontada como uma das alternativas para “democratizar” o acesso. Porém, o tiro pode sair pela culatra!

É o que alerta Paulo Cardamone, CEO da Bright Consulting, uma empresa de consultoria estratégica no setor automotivo. Com mais de 40 anos de experiência no mercado, Cardamone afirma que a indústria automotiva está em rrisco no Brasil, caso a próxima fase regulatória não bem feita pelos políticos. E o pior: quem vai pagar a conta é o consumidor, em especial o de baixa renda.

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“O Lobby de entidades sedentas por subsídios reforça a tese de que no Brasil não há incentivos à eletrificação e descaradamente misturam interesses de negócio com atividades que tem por obrigação elucidar a sociedade dos reais benefícios da evolução da mobilidade para sistemas limpos e sustentáveis que atendam os diferentes segmentos de veículos e do mercado”, afirma Cardamone.

 

O executivo critica o programa Rota 2030 por causa da isenção fiscal para carros elétricos. Isso beneficia consumidores de alta renda, ao passo que inibe a fabricação local com geração de empregos. “Colocaram as fabricas inglesas, alemãs e chinesas no porto de Santos ao custo do frete. Quem pensará em produzir esses veículos aqui se puder trazer de fora com esta equação?”.

Confira alguns trechos do artigo “Indústria automotiva sob risco, se a próxima fase regulatória não for assertiva“:

 

  • Comentário do senador Izalci Lucas, relator do projeto, de que num futuro próximo, os veículos elétricos vão compor a maioria da frota mundial e que nosso país está atrasado nesse debate” está longe de ser realidade e a frente parlamentar precisa se abastecer de dados mais realistas sobre o futuro da eletrificação e ouvir as dezenas de profissionais do setor e da academia.
  • Se acreditamos que o hidrogênio é a energia do futuro, imagine o consumidor abastecendo o veículo com etanol na infraestrutura já instalada dos postos de combustível e andando com um veículo elétrico com quebra do hidrogênio advindo do etanol “on-board”.
  • Mantidas as regras atuais de imposto de importação zero para os carros puramente elétricos, a renúncia fiscal em 12 anos atingirá 3,6 bilhões de dólares, ou seja, 6 vezes os 3 bilhões de reais de benefício que suportarão o Inovar e Rota 2030 no mesmo período. Vale a pena?

 


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Com 15 anos de experiência na imprensa e dedicado ao jornalismo automotivo desde 2011, Thiago Ventura tem passagens pelo portal Vrum, Portal Uai, jornal Estado de Minas, TV Alterosa e DomTotal, além de colaborações com o jornal O Tempo, Autos Segredos e rádio Gospa Mira. Em 2016 fundou o Carro Esporte Clube, canal de notícias multiplafatorma com portal e redes sociais.

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