Isenção de IPVA para Elétricos nos Estados Brasileiros

O mercado de veículos elétricos no Brasil tem ganhado cada vez mais atenção, não apenas de consumidores e fabricantes, mas também de governos estaduais. Em uma tentativa de promover a adoção de tecnologias mais limpas e sustentáveis no setor de transportes, diversos estados brasileiros têm implementado políticas de incentivos fiscais de IPVA para veículos elétricos e híbridos.

Confira a seguir os benefícios – fiscais e além – oferecidos pelos estados. 

São Paulo

O estado de São Paulo, maior mercado automotivo do país, ainda não possui legislação que isente veículos elétricos e híbridos do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores). Todavia, a cidade de São Paulo oferece restituição de 50% do valor pago a título de imposto para os contribuintes. Esta medida visa tornar a aquisição e manutenção desses veículos mais atrativa para os consumidores paulistas.

Além da restituição de 50% do IPVA, o município de São Paulo isenta veículos elétricos e híbridos do rodízio municipal de veículos, oferecendo uma vantagem significativa para o uso diário em ambiente urbano.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro a alíquota do IPVA é de 4% porém, como incentivo, para os elétricos ela passa a ser de 0,5% e de 1,5% para híbridos e GNV.

Minas Gerais

Minas Gerais, na teoria, oferece isenção para elétricos. Todavia, na prática, a norma não se aplica visto que tem como requisito que o veículo tenha sido fabricado no território mineiro, o que ainda não existe. 

Alagoas

No estado de Alagoas há isenção no primeiro ano e alíquotas reduzidas nos anos seguintes para elétricos e híbridos. Os elétricos pagarão 0,5% a partir do segundo ano e 1% no terceiro ano. Os híbridos pagam 0,75% no segundo ano e, a partir do terceiro ano 1,5%. A alíquota regular varia entre 2,75% e 3,25%. 

Distrito Federal – O Mais Abrangente

O Distrito Federal oferece 100% de isenção para elétricos e híbridos. Esta abordagem mais abrangente busca incentivar uma transição gradual para tecnologias mais limpas.

Maranhão

O Maranhão também isenta de IPVA os veículos elétricos (não os híbridos), com a condição de que estes tenham sido comprados ou faturados em uma concessionária dentro do estado. Os híbridos pagam a alíquota regular de 2,5%. 

Mato Grosso do Sul

O Mato Grosso do Sul oferece descontos mais amplos do que apenas para carros elétricos. Veículos movidos a etanol, gás natural veicular, eletricidade e híbridos têm redução da base de cálculo, sendo 40% para aqueles movidos a álcool, 70% para elétricos e 100% para aqueles movidos a GNV. 

Paraná

O Paraná concedia isenção total até 2023. Agora os modelos elétricos e híbridos passaram a ser tributados em pela alíquota cheia de 3,5%. Por sua vez, os modelos movidos à gás natural tem redução de alíquota, ficando em 1%.

Pernambuco

O estado de Pernambuco oferece 100% de isenção de IPVA apenas para elétricos, sem incluir híbridos, com a condição de que o carro esteja registrado no estado – o estado competente para o recolhimento do IPVA é aquele onde o contribuinte mantém domicílio. 

Rio Grande do Sul

O estado gaúcho oferece isenção total para elétricos. Híbridos pagam a alíquota regular de 3%.

Impacto e Perspectivas

Estas políticas de incentivo fiscal têm o potencial de impactar positivamente o mercado de veículos elétricos no Brasil. Ao reduzir o custo total de propriedade desses veículos, os estados esperam estimular uma maior adoção por parte dos consumidores, contribuindo para a redução das emissões de gases poluentes no setor de transportes.

No entanto, é importante notar que esses benefícios podem estar sujeitos a alterações e que as regulamentações variam de estado para estado. Consumidores interessados devem sempre verificar as informações mais recentes junto aos órgãos responsáveis pela tributação em seus respectivos estados.

À medida que o Brasil avança em direção a uma matriz de transportes mais sustentável, é provável que mais estados considerem a implementação de incentivos similares. O monitoramento contínuo dessas políticas e seus impactos no mercado será crucial para entender a eficácia dessas medidas na promoção da mobilidade elétrica no país.

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