GT-R50: Vida longa ao monstro japonês

 

Quando um modelo completa algumas décadas de existência, é natural que tenha dedicadas homenagens, eventos e até mesmo versões especiais. Para marcar os 50 anos do Skyline GT-R, a Nissan contratou a Italdesign para desenhar uma unidade especial, batizada de GT-R50. O conceito, além de marcar a data, também pode indicar como será a sétima geração do supercarro.

O Skyline GT-R se tornou um ícone da indústria automotiva japonesa. Apesar de ser vendido no Japão desde 1969 e ter tido seis gerações, até a atual (R35), ele era um produto exclusivo do mercado japonês. O esportivo ficou conhecido por aparecer em jogos de videogames como “Gran Turismo” e “Need For Speed: Underground”, sempre na condição de carro com melhor desempenho.

Artigos de revistas o retratavam como um carro misterioso. Lembro de uma edição da “Road & Track”, de meados da década de 1990, que trazia um comparativo do Skyline GT-R (R33) com um Toyota Supra e um Chevrolet Corvette (C4) feito no Japão. O texto praticamente idolatrava o GT-R, com sua tração traseira e seu motor 2.6 biturbo de 310 cv.

No cinema, ele ganhou fama com o filme “Mais Velozes e Mais Furiosos”. O Skyline GT-R (R34) pilotado pelo personagem de Brian (Paul Walker) participa da primeira corrida do filme. Com volante no lado direito (claro), Brian faz o diabo com seu Skyline prata com detalhes em azul, inclusive luzes neon. Até saltar uma ponte articulada, o carrão japonês saltou. O filme levou o modelo ao estrelato e aumentou o culto sobre os esportivos nipônicos.

 

De volta ao GT-R50

 

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Futurista e chamativo, o GT-R50 preserva elementos que o identificam com a atual geração do cupê, como os faróis verticais e desenho da coluna C. Mas, ao mesmo tempo, ele recorre a elementos marcantes da história do carro, como as lanternas circulares, que ganharam formas cilíndricas.

Mas o GT-R comemorativo tem suas evoluções como uma imensa asa móvel que, quando recolhida, se integra à carroceria. Na seção frontal, uma larga grade praticamente ocupa toda a área. Tudo isso faz dele um carro agressivo. Mas acredite, o GT-R50 não tem esse visual apenas para impactar.

Tanto a grade, quanto a asa são funcionais. Como se trata de um carro único, os engenheiros da Nissan instalaram a versão de competição do V6 biturbo 3.8, que foi reajustada para 720 cv e 78 mkfg de torque e transmissão de dupla embreagem e seis marchas. A estrutura utilizada foi a da versão de alta performance NISMO. Ou seja, trata-se de um carro que anda rápido e precisa engolir muito ar pela imensa grade e também de uma asa capaz de garantir sua estabilidade.

A Nissan não divulgou os números de desempenho do GT-R50. E as razões são óbvias, afinal ninguém autorizaria levar um modelo único para a pista e testar suas capacidades. Pode até acontecer, mas só depois que todas homenagens e honrarias tiverem sido concluídas.

O GT-R50, muito além de um tributo, é o indício que o Godzilla terá um futuro!

 

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Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

 

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