O Gol GT Concept é uma das atrações no estande da Volkswagen no Salão do Automóvel de São Paulo. Não só por causa de suas linhas ousadas, que chamam a atenção, mas, principalmente, porque com sua existência a marca renova as esperanças de uma legião de fãs de ter novamente no mercado o Gol GT. Afinal, como acontece com muitos conceitos que são apresentados em salões, com pequenas alterações ele está praticamente pronto para entrar em linha de produção.
Produzido de 1984 a 1986 como Gol GT, de 1987 a 1994 como Gol GTS, ambos com motor 1.8, e, finalmente, como Gol GTI, com motor 2.0 com injeção eletrônica de combustível (foi o primeiro carro brasileiro a usar o sistema) de 1989 a 1994, tornou-se um dos ícones da Volkswagen no Brasil. O Concept, além de interpretar a cultura esportiva da marca, remete exatamente ao modelo.
O Gol GT Concept foi totalmente feito pela equipe de Design da Volkswagen do Brasil, que agora é comandada por José Carlos Pavone. A base foi a de um Gol duas portas e, apesar de uma forte inspiração no Golf GTI na parte dianteira, os LEDs de condução diurna em formato de L dão um ar de exclusividade, enquanto os logotipos “GT” utilizam a mesma grafia do primeiro modelo.
A carroceria foi pintada em uma inédita cor metálica batizada de “Cinza Volcano”, desenvolvida pela equipe especialmente para o conceito, com o objetivo de ressaltar os detalhes em tom vermelho, presente nas laterais, retrovisores, para-choques e grade. Todo o carro é contornado por uma linha de base vermelha, que evidencia os apêndices aerodinâmicos, como o spoiler dianteiro, minissaias laterais e extrator de ar na traseira. O interessante é que o Concept foi equipado com freios a disco também nas rodas traseiras e as pinças, que podem ser vistas através das rodas em liga leve de aro 18 polegadas, também são vermelhas.
Para realçar o caráter esportivo a grade é do tipo “colmeia” (característica dos esportivos da Volkswagen), com pintura preta brilhante. Os para-choques foram redesenhados e são mais largos, enquanto que os faróis são duplos, do tipo “full LED” (LEDs nos fachos baixo e alto). Próxima às rodas traseiras, a logo faz referência à do Gol GT de 1984.
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Na traseira, uma faixa na cor preta liga as lanternas (escurecidas), em mais uma referência ao Gol GT. O aerofólio duplo, que percorre toda a parte superior da tampa do porta-malas, está combinado à terceira luz de freio. No vidro traseiro, o adesivo com o logotipo GT é uma interpretação moderna do logo original.
No interior o Gol GT Concept se destaca pelos bancos do tipo concha, com o emblema e faixas dégradé, como na versão inspiradora. O volante esportivo, com a base reta e o emblema GT gravado, é igual ao do Golf GTI. Os painéis de portas também foram redesenhados e receberam telas de alto falantes com acabamentos horizontais, também como a versão original. As saídas de ar no painel têm desenho exclusivo, com os direcionadores de ar em formato tipo “colmeia”, com largas molduras de alumínio e os pedais ganharam capa esportiva desse mesmo material, assim como a alavanca de câmbio. As soleiras de portas também trazem o logo “GT”.
Quanto à motorização ninguém fala nada, mas pode-se especular que o Gol GT, se voltar, poderá ser equipado com o novo 1.0 TSI turbo de três cilindros com 125 cavalos de potência e 20,4 kgfm de torque. Pode parecer pouco, mas é mais do que o Gol GT original, que tinha um motor 1,8 litro com 99 cavalos e 14,9 kgfm de torque e permitia ao esportivo acelerar de 0 a 100 km/h em 9,7 segundos e chegar aos 180 km/h de velocidade máxima. Ou então, usar o 1.4 TSI Flex de 150 cavalos e 25,5 kgfm do Golf, ou até um novo e exclusivo 1.6 turbo. Com qualquer uma dessas opções, seria uma alternativa mais em conta, porém com o mesmo charme do Golf GTI.