Ford Maverick estreia por R$ 240 mil

A Ford acaba de lançar a picape Maverick. Ela chega para disputar mercado numa seara em que a Fiat Toro domina sem concorrência. Com preço de R$ 240 mil, a picape dificilmente irá abalar o reinado da italiana.

Aliás, o novo “Mavecão” é mais caro que boa parte da linha Ranger, que se posiciona no segmento de médias. Mas é a aposta da marca do Oval Azul para ampliar sua arranhada imagem no mercado brasileiro e tentar elevar sua modesta participação.

Desde que fechou suas fábricas há pouco mais de um ano, a participação da Ford despencou de 7,14% para 1,91%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na prática, significa que ela deixou de emplacar nada menos que 102 mil carros.

No ano passado foram apenas 37.778 licenciamentos, contra 139.255 de 2020. E do total de registros, de 2021, mais da metade foi da picape Ranger, com 20,5 mil unidades. E se é na caçamba, que a Ford tem sido carregada, nada mais inteligente que apostar numa picape.

A Maverick chega na versão Lariat FX4, equipada com motor EcoBoost 2.0 turbo de 253 cv 38,7 kgfm de torque. Ela também conta com a mesma transmissão de oito marchas e tração 4×4. Ela também contará com versão híbrida.

A Maverick tem 5,07 metros de comprimento. Ela tem dimensões próximas da picape italiana (4,94 m). As medidas garantem ao utilitário boa capacidade de carga e praticidade de um carro de passeio.

Interior da Maverick

Por dentro, a picape também toma de empréstimo equipamentos do SUV como quadro de instrumentos parcialmente digital e multimídia destacado (com conexão para smartphones, sistema Sync e câmera de ré). Ela ainda conta com freio de estacionamento eletrônico, controle de descida de ladeira, assistente de frenagem (Auto Hold), alerta de colisão, assim como partida sem chave e ar-condicionado digital de duas zonas.

No entanto, ela peca pela ausência de itens como controle de cruzeiro adaptativo (ACC), alerta de tráfego cruzado em ré, monitor de permanência em faixa, retrovisores eletrocrômicos, assim como itens triviais como sensores dianteiros e traseiros de manobra e uma rudimentar capota marítima de lona. Trata-se de uma economias de palito para evitar que a Maverick ficasse ainda mais cara, mas são ausências que não fazem sentido algum num carro de R$ 240 mil.

Por esse preço, deveria ter vindo com o jet ski e as bicicletas das das fotos. Vamos combinar!

 


Fotos: Ford/Divulgação


 

Marcelo Jabulas é Jornalista.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.  https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 


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