Ford Fusion 2017, mais tecnológico, sofisticado e caro

O Ford Fusion modelo 2017 foi lançado oficialmente ontem, mas só vai estar disponível para a venda em outubro. Líder no segmento dos sedãs de luxo, ele continua sendo importado do México, traz algumas novidades estéticas, um interior mais requintado e, nas versões topo de linha, um bom pacote das chamadas tecnologias semiautônomas para a segurança. Como, por exemplo, ser o primeiro automóvel do segmento com o sistema de frenagem autônoma com detecção de pedestres, operado por radar e sensores, que ajudam a evitar atropelamentos e colisões. Porém, se continua tendo uma das melhores relações custo/benefício do mercado, esse modelo 2017 também ficou mais caro. A razão é que o novo foco da Ford é concorrer com os rivais no chamado segmento Premium, enfrentando a trinca alemã composta pelos Audi A4, BMW série 3 e Mercedes-Benz Classe C.

Por enquanto, são quatro as opções que estarão à venda: a versão SE de “entrada” parte de R$ 121.500; uma novidade é a 2.0 EcoBoost SEL, intermediária, a um preço de R$ 125.500; a 2.0 EcoBoost Titanium, topo de linha, que tem duas versões, a AWD (só tração dianteira) por R$ 138.000 e a AWD (tração nas quatro rodas) por 154.500; e a Hybrid (híbrida), que será lançada durante o Salão Internacional do Automóvel de São Paulo, de 10 a 20 de novembro.

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Esteticamente as modificações foram pontuais. Na frente, a grade foi redesenhada com ângulos mais acentuados e ganhou um sistema que abre e fecha as aletas da passagem de ar de acordo com a velocidade para melhorar a aerodinâmica. São novos também os faróis, mais afilados, e luzes de neblina, com lâmpadas halógenas, nas versões SE e SEL, e Full LED, com luzes de condução diurna, nas versões Titanium. Lateralmente, só novas rodas em aro 18 polegadas e, na traseira, além das novas lanternas em LED unidas por um friso cromado, foi desenvolvido um aerofólio integrado ao porta-malas, que serviu para realçar o estilo mais esportivo que a marca pretende dar ao modelo para conquistar clientes mais jovens.

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Internamente, são novos os materiais de acabamento, mais requintados e agradáveis ao toque. Recebeu ainda o novo sistema multimídia Sync3 e tem como destaque o novo seletor de marchas do câmbio automático, que a Ford chama de E-Shifter, que substituiu a alavanca tradicional por um botão giratório, semelhante aos usados pela Jaguar e Land Rover. Para um maior conforto ao rodar, foram feitas também modificações no sistema de isolamento acústico do motor, vidros e painéis inferiores da carroceria. Novas molas e amortecedores, além de 12 milímetros a mais na altura da suspensão, deixaram o Fusion mais amigável com nossas ruas e estradas.

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Mecânica

Entre as novidades mecânicas, o motor 2.5 flex agora recebeu um sistema de partida a frio com etanol, que dispensa o tanque auxiliar de partida a frio. Manteve a mesma potência de 167 cavalos com gasolina e 175 com etanol, mas com uma nova calibragem da central eletrônica, que modificou a curva de torque.

Já o 2.0 EcoBoost, recebeu um novo turbo tipo twin scroll, aprimoramentos no sistema de injeção direta, taxa de compressão aumentada para 9,7:1 e uma nova curva de torque, mais plana, além do sistema start/stop. Mudanças que permitiram que o motor agora entregue 95% do torque já a 1.750 rpm e 248 cavalos de potência. De acordo com a marca, ficou também 7% mais econômico, permitiu um desempenho 6% melhor e diminuiu em outros 6% os níveis de emissões de CO2, em relação ao modelo anterior.

O câmbio continua o automático de 6 marchas em todas as versões, com aletas para trocas sequenciais atrás do volante nas versões com motor 2.0 EcoBoost. Na 2.5, recebeu o recurso “Low”, que permite segurar as marchas baixas para ajudar com o chamado freio motor em longas descidas, e a opção “Sport” nas equipadas com o 2.0, para trocas automáticas em rotações mais altas, permitindo uma condução mais esportiva.

No quesito segurança, o Fusion fica bem na fita. Têm oito airbags, dois frontais, dois laterais, dois de cortina, um para os joelhos do motorista e outro para os do passageiro ao lado, além de cintos laterais traseiros infláveis.

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O que tem em cada versão

O Fusion SE 2.5 Flex 2017 vem com seletor E-Shifter, chave com sensor de presença, acesso inteligente e partida sem chave (Ford Power), grade dianteira com controle ativo, faróis com luz diurna de LED, rodas de liga leve 18”, sensor de monitoramento individual de pressão dos pneus e sistema de conectividade SYNC 3, com 11 alto-falantes, compatível com Apple CarPlay e Android Auto.

Com o motor 2.0 EcoBoost, a linha oferece a nova versão SEL, que também vem equipada com sistema de desligamento e acionamento automático do motor (Auto Start-Stop), partida remota e novas rodas de liga leve. O teto solar é opcional, por R$4.000.

Já a versão 2.0 EcoBoost Titanium FWD, com tração dianteira, oferece adicionalmente faróis Full LED, novas rodas de liga leve 18”, sistema de conectividade SYNC 3,  com Sony Premium Sound e 12 alto-falantes, sistema de monitoramento de ponto cego com alerta de tráfego cruzado, sistema de permanência em faixa, farol alto automático, ajuste elétrico do banco do passageiro em 10 direções, bancos dianteiros aquecidos e refrigerados, sensor de chuva, sistema de personalização da luz ambiente e aerofólio. O teto solar também é opcional por R$ 4.000.

A topo de linha 2.0 EcoBoost Titanium AWD, com tração integral inteligente, traz ainda piloto automático adaptativo com “stop and go”, alerta de colisão com assistente autônomo de frenagem, assistente autônomo de detecção de pedestres, estacionamento automático de segunda geração e teto solar, tudo de série.

 

Como anda

Em um rápido test-drive, só com a versão 2.0 EcoBoost AWD, em ruas e estradas que nos levaram de Mata de São João até a praia de Itapuã, em Salvador, ida e volta, deu para ter uma ideia das novidades. Espaçoso internamente e com bancos bem ergométricos, o Fusion esbanja espaço tanto na frente, como atrás. O isolamento acústico e as novas molas e amortecedores, mostraram-se eficientes, deixando o carro silencioso mesmo em ruas com piso irregular. Mas, apesar da maior altura da suspensão, com quatro pessoas a bordo, ainda é preciso tomar cuidado em lombadas, pois a parte central da carroceria continua raspando com facilidade.

No trânsito, o novo sistema de piloto automático adaptativo, com stop and go, mostrou-se muito eficiente, tirando o estresse do motorista nos congestionamentos. Com o sistema ativado, o carro para e anda sozinho. Só se permanecer mais de 3 segundos parado é que o sistema desarma e o motorista tem que voltar a acelerar e acionar o sistema. Além disso, o Auto Start/Stop, que desliga e religa o motor em paradas, tem um funcionamento muito suave, quase imperceptível, o que também ajuda no bem estar a bordo.

Na estrada, os 248 cavalos do 2.0 EcoBoost se fazem sentir. Mesmo com quatro pessoas a bordo ele tem boas acelerações e retomadas de velocidade, permitindo viagens com segurança. E, claro, a direção elétrica precisa e a tração nas quatro rodas, fazem com que as curvas sejam contornadas com tranquilidade, dando a sensação de estar guiando um carro de menores dimensões.

Tudo somado, apesar do breve test-drive, deu para sentir que o novo Fusion melhorou e que, apesar do novo preço, continua oferecendo mais do que vários rivais no segmento e se mantém como uma das melhores opções para quem quer um carro grande.

 

Ficha Técnica

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O jornalista viajou a convite da Ford

 

Fotos: divulgação Ford

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  • Emílio, a tração do Fusion AWD é integral permanente ou sob demanda, predominantemente dianteira e as rodas traseiras só são acionadas em caso de perda de aderência das dianteiras?

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