Comparativo entre o Fiat Pulse 1.3 Drive Manual e o Automático. Qual a melhor escolha?
Vocês sempre pedem pra ver as versões mais em conta dos carros, afinal anda tudo muito caro. Então, hoje vamos falar do Fiat Pulse de entrada, mas com algo a mais. Juntamos as duas que, praticamente, tem apenas o câmbio de diferente: a 1.3 Drive manual e a 1.3 Drive automática. Vamos ver qual se sai melhor?
Bom a gente já conheceu o Pulse topo de linha e, se você ainda não viu, pode conferir o teste no link que está logo abaixo. Agora, antes de começar, é importante saber dos preços. Esse é o preço que o Pulse 1.3 Drive manual e automático custavam em julho deste ano, sem opcionais.
Pulse 1.3 Drive MT – R$ 96.290
Pulse 1.3 Drive AT – R$ 103.290
(Julho 2022)
E se a primeira coisa que chama a atenção é o visual, nesse quesito, mesmo sendo a versão de entrada, o Pulse 1.3 Drive manual se sai bem. Com exceção de um friso grafite que une os faróis e as barras do rack, a grade; os apliques laterais; as molduras das caixas das rodas; as minissaias; as maçanetas; os retrovisores; e a parte inferior do para-choque dianteiro e traseiro, são em preto, o que dá um aspecto mais agressivo. Faróis e lanternas são em LED.
Na versão automática, por fora, as únicas diferenças em relação à manual, são os retrovisores e as maçanetas pintadas na cor do carro.
No caso deste Pulse 1.3 Drive CVT, os espelhos estão pintados em preto, como o teto, porque fazem parte dos opcionais desta versão que nos foi entregue, mas que não estamos levando em conta neste comparativo. Por dentro, quando o assunto é espaço, as duas versões se equivalem. Tem lugar para cinco pessoas. Duas na frente com conforto e duas atrás com bom espaço. Mas no meio do banco traseiro só uma criança vai bem acomodada. E o porta-malas, do meu ponto de vista, deveria ser mais generoso. Tem só 370 litros de capacidade.
Veja também:
- Teste do Fiat Pulse Impetus – CARROS COM CAMANZI
- Fiat Pulse 1.0 turbo X VW Nivus 1.0 turbo – #Batalha 24 – YouTube
- Pulse Audace 1.0 Turbo x Tiggo 3 1.0 Turbo Pro – #Batalha 31 – YouTube
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Capacidade do porta-malas: 370 litros
Quando o assunto é acabamento, que é igual nas duas versões, por serem de entrada é simples. Mas pode-se dizer que é razoável e de uma maneira geral agrada. O revestimento dos bancos é em tecido. Porém, apesar de aparentar qualidade e bons arremates, o plástico rígido impera no interior. Ou seja, está presente no volante, painel, laterais das portas, console e em todos os apoios de braço. O quadro de instrumentos é do tipo analógico, com computador de bordo no centro; a multimídia de 8,4 polegadas não precisa de cabo para conectar celular; tem duas portas USB na frente, sendo uma do tipo C, e mais uma atrás; ar-condicionado digital automático; sensores de estacionamento traseiro; mas o volante só tem regulagem de altura e não tem nenhuma alça de apoio.
A versão automática, por sua vez, tem uns detalhes a mais. Além da alavanca seletora, especifica pra cada tipo de câmbio, ela traz console central com apoio de braço e porta-objetos, além do botão de acionamento do modo Sport no volante.
Agora, dá empate mesmo quando a questão é segurança. Claro que ambas as versões não têm nenhum sistema semiautônomo de segurança. Porém, além dos obrigatórios cintos, apoios de cabeça e Isofix, vem com controles de tração, estabilidade, auxiliar de partida em rampa e quatro airbags, sendo que os laterais têm dupla função: proteger o tórax e a cabeça.
E como já comentei, o motor também é igual nas duas. É o 1.3 Firefly aspirado de quatro cilindros, que é usado no Argo, Cronos e Strada. Recalibrado para atender às novas normas antipoluição, entrega bons 107 cavalos e 13,7 quilogramas metro força com etanol.
Motor – 1.3 Flex – 8V
gasolina etanol
Potência (cv) 98 107
Torque (kgfm) 13,2 13,7
Moderno, com comando variável no cabeçote, tem um bom torque já a baixas rotações. O grande diferencial do conjunto motopropulsor fica por conta do câmbio. O manual tem cinco marchas e o automático, do tipo CVT, simula 7 marchas. O interessante, é que o desempenho é praticamente igual nas duas versões, apesar do automático consumir um pouco mais de potência do motor.
Desempenho
MT AT
g / e g / e
0 a 100 km/h (s) 12,2 / 11,7 12,2 / 11,4
Máxima (km/h) 174 / 178 173 / 177
Porque acontece isso? As sete marchas simuladas, com relações mais próximas uma da outra e as trocas automáticas mais rápidas, acabam compensando essa perda.
Só que o automático leva vantagem nas retomadas de velocidade. É preciso lembrar, porém, que essa prova é feita com o câmbio manual na última marcha, no caso a quinta, sem reduções pra ganhar velocidade. Exatamente para ver a capacidade de retomada do carro.
Retomada de velocidade
MT AT
g / e g / e
80 a 120 km/h (s) 20,7 / 18,7 9,2 / 8,8
Porém, no automático, ao fazer a mesma coisa, como não dá para travar na última marcha e ele reduz sozinho, a retomada acaba se tornando uma aceleração. Claro, no manual você pode reduzir as marchas e melhorar consideravelmente esse tempo. Mas o automático sempre será mais rápido nesse caso.
E também oferece uns mimos a mais. Tem três modos de condução: normal; sport, quando responde mais rápido e as trocas são feitas em rotações maiores; e o manual, que permite trocas sequenciais na alavanca de seleção.
Apesar de terem o mesmo motor, andando eles têm comportamento diferente. A versão manual dá uma sensação de rodar mais leve e de menor esforço do motor, com respostas rápidas ao acelerador, o que o torna agradável de dirigir. Ajuda também o câmbio manual que tem engates macios e precisos, apesar de um curso um pouco longo da alavanca. Já no automático, em Drive, a sensação é de que o Pulse é mais pesado devido às respostas mais lentas, tanto do motor como do câmbio, visando o menor consumo possível. Exceto na hora que se pisa fundo para uma ultrapassagem, quando as reduções são rápidas. O legal é que ao acionar o botão Sport no volante, ele passa a reagir como o manual, respondendo mais rapidamente ao comando do acelerador. Ou então no modo manual sequencial que permite esticar as marchas até o limite.
Mas nesses dois casos a conta vem no consumo. E por falar nele… Uma boa surpresa. Também em função do maior número de relações do câmbio automático, detalhe que praticamente igualou os dados de aceleração e máxima, neste quesito também houve um empate técnico. Rodando com ambos no nosso circuito padrão, a versão manual fez médias de 10,4 km/l com etanol e 14,6 km/l com gasolina. Já a automática, 10,1 km/l com etanol e 14,4 km/l com gasolina.
Consumo médio km/l (circuito cidade/estrada)
MT AT
Etanol 10,4 10,1
Gasolina 14,6 14,4
E no restante, empate geral.
Rodando são confortáveis, com a suspensão administrando bem as irregularidades. E sem esquecer da estabilidade. Com boa altura livre do solo, enfrentam numa boa nossas lombadas do dia-a-dia. E com a ajuda do diferencial eletrônico, o Traction Control Plus, de série em ambos, até um off-road leve.
Altura livre do solo
MT AT
19,0 cm 18,8 cm
Nada a reclamar dos freios, a disco só na frente e que param o Pulse com segurança. Só não gostei foi da direção elétrica. Ela é leve em manobras e mais firme em velocidade, o que é bom. Mas em linha reta apresenta um vazio que incomoda, dando a sensação que existe uma folga.
Então, decidiram qual dos dois? Eu ficaria com a automática. A relação custo/benefício é igual, pois o câmbio automático é mais caro, mas oferece mais conforto e melhores retomadas.
Preços (Julho 2022):
Pulse 1.3 Drive MT – R$ 96.290
Pulse 1.3 Drive AT – R$ 103.290
Porém, se a diferença de preço for pesar no bolso, a versão com câmbio manual também se sai muito bem. Até a próxima!
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Notas do Emilio para o Fiat Pulse:
MT AT
Desempenho 6 7
Consumo 9 9
Segurança 8 8
Estabilidade 8 8
Acabamento 7 7
Espaço interno 8 8
Porta-malas 7 7
Custo/benefício 7 7
Ficha Técnica e Lista de Equipamentos do Fiat Pulse:
- Ficha Técnica Pulse 1.3 Drive MT
- Ficha Técnica Pulse 1.3 Drive AT
- Pulse 1.3 Drive MT e AT – Lista de equipamentos – série e opcionais