Fiat Argo 1.3 Drive Automático 2023

Até pouco tempo atrás, o câmbio automático era visto com desconfiança pelo brasileiro. Era, porque agora é a pedida do momento. Todo mundo quer carro com câmbio automático e o último a chegar, por enquanto, é o Fiat Argo 1.3 Drive com câmbio automático tipo CVT, e a estrela de nosso teste de hoje. Vamos ver qual é a dele?

Segundo a Fiat o Argo 1.3 Drive CVT veio para oferecer o conforto da transmissão automática em um carro de preço mais acessível. Bom, com relação à mecânica, nada de novo. É o mesmo conjunto já utilizado no Cronos, Pulse e Strada. Só faltava colocar no Argo.
E com essa nova configuração, deixou de existir a versão 1.3 com câmbio manual, agora disponível só nas 1.0 e na Trekking que passou a ter também opção de cambio CVT.

 

Argo 1.0                           R$ 78.590

Argo Drive 1.0                 R$ 81.990

Argo Trekking 1.3            R$ 89.990

Argo Drive 1.3 CVT        R$ 90.990

Argo Trekking 1.3 CVT   R$ 96.990

(março 2023)

 

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Apesar de ser novidade, está não é a primeira vez que o Argo dispensa o pedal da embreagem. Há algum tempo existia a versão 1.3 Drive GSR, aquela com câmbio manual automatizado que não agradou e foi tirada de linha.

E se aquela não vingou, esta te adianto que é bem melhor! Mas, como sempre, vamos por partes. O que mudou por fora? Praticamente nada. O 1.3 Drive CVT tem a mesma frente do Argo que foi reestilizada em 2022, com nova grade e para-choque. Sem ser tão rebuscada como era, eu, particularmente, acho que ficou mais bonita. Novas calotas, que tentam imitar rodas de liga leve e, para diferenciá-lo por fora, só uma plaqueta Drive/AT na traseira. Borrachão lateral e soleiras de porta são acessórios.

No interior a única diferença é a alavanca do câmbio automático no console. No restante a simplicidade continua latente, com plástico rígido por todos os lados, nenhuma superfície macia ao toque e revestimento só em tecido. O quadro de instrumentos analógico com computador no centro é legal, enquanto a boa multimidia de 7 polegadas, continua exigindo cabo para espelhar celular.

Mas o que chama a atenção mesmo, são os detalhes que foram sendo suprimidos no Argo para baratear os custos de produção…

Não tem mais as alças no teto; perdeu o sistema start/stop e as aletas atrás do volante como tinha no Drive GSR. Agora a troca de marchas manual sequencial só na alavanca de seleção. Isso sem falar na má qualidade dos acessórios, como o sensor do alarme que é grudado no vidro mas não resiste ao calor e despenca… No quesito espaço é igual: bom para quatro adultos e uma criança. E o porta-malas de 300 litros é razoável para um hatch.

 

Capacidade do porta-malas: 300 l

 

Agora quando o assunto é segurança, fica devendo. E muito! Tudo bem, tem controles de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa. E só. No mais ABS e apenas os dois airbags frontais obrigatórios. Deveria ter, pelo menos, quatro. Como até o Renault Kwid, que custa bem menos, tem…

Mas agora vamos à novidade: o conjunto mecânico. O motor é o l.3 Firefly que entrega até 107 cavalos e bons 13,7 kgfm com etanol ligado ao câmbio automático tipo CVT, com sete marchas virtuais. Um conjunto já conhecido e que também se casou muito bem no Argo.

 

Motor 1.3 Firefly -Flex – 8V

                           gasolina    etanol

Potência (cv)          98          107

Torque (kgfm)      13,2         13,7

 

Tem ainda três modos de condução: o automático, o manual, onde se faz a troca de marchas na alavanca de seleção, e o esporte, acionado por uma tecla no volante, que deixa o conjunto mais nervoso, com respostas do motor e trocas do câmbio mais rápidas.

Tudo bem, não é nenhum foguete, mas não faz feio em um uso normal.

Claro que, devido aos 9 cavalos de potência a mais quando abastecido com etanol, se sai melhor nas acelerações usando esse combustível. Porém, graças ao bom escalonamento e reduções rápidas do câmbio, as retomadas de velocidade são boas mesmo com gasolina.

 

Desempenho

                                 gasolina   etanol

0 a 100 km/h (s)          12,1        11,2

80 a 120 km/h (s)          9,1          8,3

Vel. máxima (km/h)    170         174

 

Ou seja, o carro é gostoso de dirigir na cidade, acompanhando sem dificuldades o fluxo de trânsito e se sai bem na estrada. Mesmo carregado.

Mas tem uma coisa que eu não gostei: a direção elétrica. Ela e muito macia andando até 40 km/h. Boa pra manobras. Mas ao rodar pode fazer que você faça desvios bruscos sem necessidade. Já acima disso, fica mais pesada e anestesia o contato das rodas com o solo, diminuindo a precisão ao dirigir.

Opa, não posso esquecer do consumo, né? Apesar do câmbio automático, que normalmente consome mais potência do motor, chegou bem perto do consumo do Argo GSR com câmbio manual automatizado. No nosso circuito cidade/estrada, o Argo 1.3 Drive CVT também conseguiu boas médias: 9,8 km/l de etanol e 13,7 km/l de gasolina. Quase um empate.

 

Consumo médio km/l (nosso circuito cidade/estrada)

                           1.3 GRS     1.3 CVT

Etanol                  10,2             9,8

Gasolina               14,5           13,7

 

E no mais? Gerais como se diz por aqui. Ou seja, é um Argo igual aos outros, com uma suspensão que absorve bem as irregularidades, mas firme para garantir uma boa estabilidade. Falta, porém, um melhor isolamento acústico, pois ao rodar em pisos irregulares, o barulho de rolamento dos pneus incomoda no interior. Os freios, a disco só na frente, atuaram bem.

 

Argo 1.3 Drive CVT

R$ 90.990

(março 2023)

 

Enfim, gostei do conjunto, que ficou bem redondo. Só acho que por esse preço, deveria entregar um acabamento melhor e, principalmente, mais itens de segurança. Um abraço e até a próxima.”

 

NOTAS DO EMILIO

 

Desempenho             7

Consumo                   8

Segurança                 6

Estabilidade               8

Acabamento              7

Espaço interno          8

Porta-malas               8

Custo-benefício         6

 

Ficha Técnica e Lista de Equipamentos:

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