Ferrari 296 GTB: a reencarnação da Dino

A eletrificação é implacável e até mesmo fabricantes como a Ferrari se entregam a ela. Depois do módulo KERS da LaFerrari, e da híbrida SF90 Stradale, com três motores elétricos combinados com um V8. Agora ela apresenta o 296 GTB, que se apresena como sucessora espiritual da Dino 246 GTB.

Isso porque a marca volta a utilizar um V6. A diferença é que a unidade 2.9 recebeu dois turbocompressores e é combinada com um módulo elétrico MGU-K, que faz com essa Ferrari entregue 830 cv e torque de 74 kgfm. O motor foi construído com bancadas com ângulo de 120 graus, o que permite posicionar os turbos entre linhas de pistões.

Esse tipo de montagem faz com que o acionamento das turbinas seja mais rápido e eficiente de quanto elas eram montadas nas laterais do bloco. A Audi usa esse conceito há bastante tempo e o restante da indústria tem seguido o mesmo caminho desde que a sobrealimentação se tornou uma solução para reduzir o tamanho dos blocos e também de emissões.

Os motores são conectados a uma transmissão de dupla embreagem e oito marchas F1 DCT e tração traseira. O conjunto permite à 296 GTB acelerar de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e máxima de 330 km/h.

Visual da 296 GTB

O visual da 296 GTB é moderno e segue a evolução de estilo de Maranello, com elementos vistos em modelos como Roma e a própria SF90 Stradale. No entanto, é nítida a inspiração e reverência à Dino. As linhas laterais onduladas, assim como a traseira levemente arrebitada e os coletores de ar sobre o paralamas traseiros são uma evolução da 246 GTB.

Outro elemento retirado do carro dos anos 1960, é o formato do capô e para-brisas traseiro. A tampa do V6 é plana, com um estreita janelinha atrás do banco. Esse tipo de desenho foi usado até 1999, na F355.

Isso porque sua sucessora, a 360 Modena, passou a usar para-brisas traseiro que acompanhava a cadência das colunas. Estilo que é utilizado até hoje na F8 Tributo.

Por dentro, a 296 GTB conta com acabamento sofisticado e um imenso quadro de instrumentos digital que se retira de vez o conta-giros analógico, que é um item imaculado em todo supercarro.

Nos anos 1960, os ferraristas ortodoxos torceram o nariz para a Dino. Será que fariam o mesmo hoje? Aposto que não.

 


Fotos: Ferrari/Divulgação


 

Marcelo Jabulas é Jornalista.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.  https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 


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