Não levou nem duas semanas o namoro entre FCA e Renault. A menos de 15 dias, executivos do grupo ítalo-americano enviaram uma proposta de fusão com a Renault, que formaria o terceiro maior grupo automotivo do planeta, com um volume anual na ordem 15 milhões de unidades. Os franceses responderam com simpatia à proposta e prometeram analisar com carinho em que cada uma das partes teria 50% das ações..
Mas, no apagar das luzes da quinta-feira (5), John Elkman, o chefão do grupo, se reuniu com o Conselho Administrativo da FCA e decidiu retirar a proposta. O argumento para a desistência se deve às condições políticas na França, que impediriam que o projeto fosse levado adiante. Ela não explica quais são essas condições.
Sinergia
Apesar de as linhas miúdas da proposta não terem sido divulgadas, é fato que a FCA busca um parceiro para acelerar o desenvolvimento de tecnologias para automóveis elétricos, que prometem pipocar a partir do ano que vem. O grupo está bem atrás na corrida e, atualmente, conta uma única opção, que se resume ao Chrysler Pacifica Hybrid. A Fiat até tentou emplacar o 500e (100% elétrico), mas não teve muito êxito.
Por outro lado, a Renault está adiantada no segmento de elétricos. Atualmente, ela comercializa o Zoe, que inclusive será vendido no Brasil, o micro-carro Twizy, além de versões elétricas dos utilitários Kangoo e Master.
Pelo visto, os franceses ficaram mais interessados no enlace do que a FCA. Mas não rolou aquele “shalow now“.
Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas