FCA: 25 em cinco

 

Vinte e cinco novos produtos é a meta da Fiat Chrysler (FCA) para os próximos cinco anos. A confirmação veio do próprio presidente da regional para América Latina, Antônio Filosa, num encontro com a imprensa. O anúncio chega na sequência da divulgação da estratégia global da FCA para o quinquênio 2018-2022, que prevê 45 bilhões de euros em investimentos. Para o Brasil serão R$ 14 bilhões que serão gastos principalmente com novos produtos, entre eles, utilitários esportivos que serão produzidos em Betim, com selo Fiat, e outro bem sofisticado de sete lugares, com emblema Jeep, em Pernambuco.

Desse total de 25 novos produtos, boa parte será para atualização do portfólio em linha. No entanto, o executivo deixou claro que pretende estabelecer de vez a marca de picapes RAM e lançará um utilitário acima da Fiat Toro. A produção local ainda não foi definida e depende de fatores logísticos. É muito provável que ela venha do México.

Por outro lado, duas picapes leves estão a caminho e serão feitas em Betim. A primeira a estrear será uma opção abaixo da Strada, que chega em 2019. Até 2022 chega a segunda geração da picapinha (em linha desde 1998). Ela deverá “encorpar” para efetivamente oferecer uma cabine dupla para cinco passageiros, com porte semelhante à da Renault Duster Oroch.

Um novo hatch também está na lista. Segundo Filosa, ele poderá ocupar a vaga do Uno ou ser uma nova geração do pequenino. O presidente também não descarta a hipótese de resgatar o nome Palio no futuro. “É um nome forte, que também está em nossos estudos”. E, para concluir, o executivo também confirmou que os motores Firefly (1.0 e 1.3) receberão turbocompressor até 2022 e novas transmissões automáticas.

 

Elétricos e autônomos

 

Dentro do planejamento de investimentos global da FCA, serão destinados 9 bilhões de euros para o desenvolvimento de soluções em condução autônoma e eletrificação. O que Filosa deixou certo é que os modelos Jeep ganharão versões elétricas. Mas isso não significa uma invasão elétrica no Brasil. “De acordo com a demanda, iremos incorporar as tecnologias no mercado”.

Para ele, o foco no mercado brasileiro é a expansão do uso do etanol. “Nenhum outro país domina tanto a tecnologia do etanol como o Brasil. Eu sou apaixonado pelo etanol, pois ele permite que o Brasil consiga a mesma eficiência energética dos híbridos e elétricos de demais mercados, na ordem de 30% nas reduções de emissões. Além disso, o etanol oferece as melhores condições para que se obter molécula de hidrogênio, que é fundamental para viabilizar o Fuel Cell, que definitivamente é a melhor solução para mobilidade”, afirma o presidente.

 

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Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

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