Dois coelhos numa cajadada só para a Bugatti

Grande dia para a Bugatti. A marca, fundada pelo senhor Ettore em 1909, subsidiária da Volkswagen, reconquistou o título de velocidade máxima da Koenigsegg e, de quebra, se tornou a primeira fabricante de hipercarros a ultrapassar a barreira dos 482 km/h. Como o título bem explica, foram dois coelhos numa cajadada só para a empresa.

O feito foi realizado com um protótipo baseado no Chiron, na pista de testes de Ehra-Lessin, na Alemanha. O modelo foi guiado pelo piloto oficial da Bugatti, Andy Wallace. O exímio condutor levou os 16 cilindros (é, 16 cliindros) a incríveis 490,5 km/h na reta de 8,6 km. Como medida de comparação, levantada pela imprensa internacional, o Veyron Super Sport, também da Bugatti, chega a máxima de 431 km/h. Já o Koenigsegg Agera RS, grande nêmesis da Bugatti, parou quando atingiu 458 km/h. Ah! O trem-bala japonês chega a “míseros” 321,8 km/h.

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O recorde quebrado pelo protótipo da Bugatti supera sem maiores problemas alguns helicópteros. E mais: bate até pequenas aeronaves, como as Cessna. Segundo a marca, o modelo é uma versão em pré-produção de uma derivação do Chiron. Tudo bem que está com uma baita carinha de “merchan”, mas, caso verdade, pessoas abastadas fariam fila para comprar uma nave dessas.

A Bugatti não divulgou as especificações do Chiron “bombado”. Pelas imagens — seguimos com os parceiros do exterior — dá para notar que a traseira foi trabalhada de forma a otimizar a aerodinâmica. Parece também que houve atenção especial ao coeficiente de arrasto. Pelas imagens, dá para dizer que protótipo do Chiron também parece ser mais baixo que o Chiron “comum”. Todavia, é prudente aguardar para ver o que a Bugatti irá divulgar sobre o modelo e se todas as modificações irão ser adotadas pela versão de produção.

Além do trabalho empregado pela marca, vale frisar que a italianíssima Dallara ajudou a desenvolver o projeto. Além disso, a Michelin forneceu pneus especiais, da série Pilot Cup Sport 2. Reforçados, podem, segundo material divulgado, suportar 5.300 Gs. Mesmo com toda a “brutalidade”, o jogo de pneus pode, segundo a fabricante, ser usado nas ruas.

Os recordes quebrados pelo Chiron certamente fazem parte das comemorações de 110 anos da Bugatti. Nunca esperamos menos que excelência desta marca e, certamente, eles fizeram por merecer o prêmio de carro mais rápido do mundo. Mais detalhes serão divulgados em breve, mas não podemos nos esquecer de um pequeno detalhe: jamais duvidar da Bugatti.

 

Fotos: Divulgação

 


 

Marcus Celestino é Jornalista e Cineasta
Já foi repórter do Estado de Minas e do Jornal do Brasil. Também atuou como editor do Auto Papo. Já cobriu os principais salões do automóvel do mundo e zerou, quando criança, todas as versões de Top Gear para Super Nintendo. Atualmente trabalha como analista de dados. Nas horas vagas tenta destronar Lewis Hamilton no modo carreira de F1 2018.

 

 


 

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