CURIOSIDADE – Volkswagen Kommandeurwagen

O Fusca do comandante.

Uma das grandes famas do nosso conhecido Fusca era ser bom até na lama. Quase um off-road. Aliás, foi por essa característica que Ferdinand Porsche, seu idealizador, baseou-se na plataforma dele para fazer o “jipe de guerra” dos alemães, o Volkswagen Kübelwagen.

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Mas, seguindo o conceito de que tudo que é bom pode ser melhorado, ele projetou, também para o uso militar da Alemanha Nazista, um Fusca 4×4. Foi o Volkswagen Kommandeurwagen, ou “carro do comandante”, feito especialmente para operações de guerra em terrenos muito acidentados, como ocorria na Rússia, no inverno.

Devido à grande semelhança da plataforma, a carroceria do Sedan foi colocada sobre a do jipe, ganhou uma altura maior do solo, pneus lameiros, dois escapamentos mais altos para enfrentar melhor trechos alagados e a tração 4×4. O motor era o mesmo 4 cilindros contrapostos refrigerado a ar, com 1.131 cm3 de cilindrada, que desenvolvia 25 cavalos e o câmbio de quatro marchas.

De 1942 a 1946 foram produzidas 669 unidades do Volkswagen Kommandeurwagen, em três versões: tipo 82, 83 e 87. O exemplar da foto está no AutoMuseum Volkswagen, em Wolfsburg, perto da fábrica principal da marca – na mesma cidade – onde foram produzidos. Possui um rolo de metal na dianteira para ajudar a transpor obstáculos e não tem os para-choques para aumentar os ângulos de entrada e saída. É uma das ultimas versões, montada sob a administração dos ingleses, após o término do conflito, em 1945.

Só para entender: quando acabou a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em zonas controladas pelos aliados. Os ingleses ficaram com a parte onde estava a Volkswagen. O comando da fábrica ficou nas mãos do Major Ivan Hirst, que se apaixonou pelo Fusca. Apesar dos grandes danos sofridos pelos bombardeios, conseguiu reativar a produção, em agosto de 1945, para fabricar carros para as forças de ocupação e serviço público alemão. Recuperou e administrou a fábrica até 1948, quando foi devolvida aos alemães.

 

Fotos: Emilio Camanzi e Reprodução Internet

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