Não é o que mais vende, mas o segmento dos sedãs médios, aqueles carros com “bumbum” destacado, que tem a preferência dos brasileiros, é um dos mais concorridos de nosso mercado. Tem três japoneses na liderança: Toyota Corolla, Honda Civic e Nissan Sentra. E é exatamente para entrar nessa briga que a Chevrolet está trazendo da Argentina, onde é fabricado, a segunda geração do Cruze, um carro global, que deverá ser vendido em 75 países, e que traz junto uma boa dose de tecnologia embarcada.
Além de ser completamente novo, é equipado com um motor 1,4 litro com turbo que já ganhou até a classificação “A” no programa de etiquetagem do Inmetro pelo baixo consumo. É um motor que se enquadra no moderno conceito do “downsizing”, ou seja, propulsores de pequena cilindrada com turbocompressor, que, além de oferecer um bom desempenho, também é econômico e pouco poluente. Esta tecnologia já está no Volkswagen Jetta 1.4 TSI, Audi A3 Sedan 1.4 TSI, no Citroën C4 e no Peugeot 408, ambos com o motor 1.6 THP, e virá no próximo Honda Civic, com motor 1.5, também turbo.
Ele chegará às concessionárias da marca ainda este mês, para a chamada “pré-venda”, mas as entregas e vendas só começarão a partir de julho. Com um design moderno e uma silhueta do tipo “cupê de quatro portas”, tem uma frente com uma aparência esportiva enquanto que a traseira é mais tradicional. No conjunto, agrada. Apesar de ser apenas 1,5 centímetros maior na distância entre-eixos do que o Cruze de 1ª geração, com 2.700 cm no total, é o maior do segmento e um dos mais espaçosos internamente. Cinco adultos se acomodam com conforto em seu interior e, mesmo pessoas de 1,80 metro de altura, não raspam a cabeça no teto quando se sentam atrás.
Um dos destaques do interior é o painel com o conceito “dual-cockpit”, que separa bem a área destinada ao motorista e a do passageiro ao lado. Um quadro de instrumentos de fácil leitura, com uma tela de 4,2 polegadas no centro, complementa o painel. O acabamento interno na versão LT é todo em preto, enquanto que a LTZ é em duas tonalidades.
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No que diz respeito aos equipamentos, o novo Cruze traz uma lista generosa. Além dos equipamentos obrigatórios, desde a versão de entrada ele já vem com controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, sistema de monitoramento da pressão dos pneus, multimídia MyLink, som de alta definição, direção elétrica, sistema Isofix de fixação de cadeirinha infantil e o OnStar, sistema que se conecta independente do telefone celular com uma central da Chevrolet, com mais de 20 serviços para o cliente.
A versão topo de linha, a LTZ, ganha airbags laterais e de cortina, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chuva e crepuscular e GPS. A grande novidade fica por conta do pacote Hi-Tech disponível para essa versão, que é composto de assistente de permanência em faixa, alerta de colisão frontal e de ponto cego, sistema de estacionamento automático, farol alto inteligente, banco do motorista com ajustes elétricos e até carregador de celular sem fio, para telefones que dispõe dessa tecnologia. Mas, apesar disso tudo, o novo Cruze deixa a desejar em alguns quesitos, como por exemplo, o ar-condicionado não ser de duas zonas e nem ter saídas para o banco traseiro, ou o teto solar, que não é disponível nem como opcional. Num carro dessa categoria, são dois itens que não podem faltar.
Mecânica
Com o uso de aços de alta resistência e de alumínio, a estrutura do novo Cruze é 25% mais rígida e 100 quilos mais leve que seu antecessor, detalhe que facilita a vida do motor Ecotec 1.4 Turbo Flex, que entrega 150 cavalos e 24,0 kgfm de torque, com gasolina, e 153 cv e 24,5 kgfm, com etanol. Acoplado a um câmbio automático de seis marchas em todas as versões, igual ao utilizado no Cruze norte-americano, é capaz de fazer o novo Cruze acelerar de 0 a 100 km/h em 9 segundos. Para quem gosta de dirigir de uma maneira mais animada, o câmbio permite trocas sequencias na alavanca. Falta, porém, o modo automático esportivo e também aletas atrás do volante.
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Desenvolvido nos Estados Unidos e Alemanha, o novo Cruze teve a participação das engenharias da General Motors de várias partes do mundo. A do Brasil teve uma boa influência na suspensão, que se mostrou bem adaptada às ruas e estradas brasileiras. No bom test-drive que os jornalistas puderam fazer – ida e volta São Paulo a Indaiatuba, no interior da capital, onde fica o campo de provas da GM – o Cruze se mostrou silencioso em qualquer piso, muito confortável ao rodar e, no trânsito, a eficiência do sistema start/stop que desliga e religa o carro, quase sem vibrações. Já nas curvas das pistas do campo de provas, onde teve até teste comparativo com um Audi A3 Sedan e um Toyota Corolla, deu para sentir a boa estabilidade, mesmo no limite. Com um comportamento que tende ao neutro, passa muita segurança a quem dirige e os excessos são corrigidos pelos controles automáticos de tração e estabilidade.
Enfim, com um design que agrada e um bom pacote tecnológico, o novo Cruze vem engrossar a nova leva de lançamentos em nosso mercado, com um produto igual ao vendido lá fora, principalmente no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Detalhe que, com certeza, vai fazer a concorrência se mexer nesse quesito para não ficar para trás. Bom para nós.
Preços:
- LT R$ 89.990
- LTZ R$ 96.990
- LTZ + Hi-Tech R$107.450
Um pouquinho mais do Cruze:
O jornalista viajou a convite da General Motors do Brasil
Fotos: Emilio Camanzi e divulgação Chevrolet
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Ver comentários (6)
Parabéns Emílio, esse CRUZE vai ser um sucesso, realmente é um novo veículo dos pés à cabeça ( das rodas ao teto)
Valeu Reginaldo. Um abraço
É um prazer vê-lo de volta Emílio!
Obrigado George. Um abraço
Que bom rever tuas reportagens, Emilio! Bom saber que tuas matérias continuam, agora em novo site. Sabes se o novo Cruze virá na versão hatch? Obrigado e abraço.
Felipe Arend.
Obrigado Felipe. Com certeza vai vir na versão hatch também, mas a data ainda não foi informada. Um abraço