A Honda irá encerrar a produção do Civic. A previsão é que a última unidade do sedã deixe a linha de montagem em setembro. Mas a aposentadoria não marca o fim da da história do modelo em terras tupiniquins.
Na verdade, a marca japonesa passará a importar o modelo, que acaba de chegar à sua décima primeira geração, que chegará aqui com versão híbrida e um desenho mais conservador. A decisão de não investir numa nova geração tem suas razões e elas podem ser explicadas em números.
Desde o lançamento do HR-V em 2015, o Civic perdeu seu trono na gama da japonesa. Além disso, seus volumes têm regredido desde então.Nos últimos anos, o melhor desempenho do sedã foi anotado em 2019, quando licenciou 27,3 mil unidades, segundo a Fenabrave.
Tudo bem que devemos considerar quem 2020 foi um ponto fora da curva, devido às medidas de contenção da pandemia do Covid-19. Mesmo assim, vendeu 20,4 mil carros. Este ano, de janeiro a setembro, foram 14 mil licenciamentos.
Por outro lado, o HR-V tem mostrado uma performance invejável. Foi líder do segmento em 2015, anotou 49,4 mil unidades em 2019. E este ano já emplacou 28,4 mil unidades, mesmo com a crise dos semicondutores. Ou seja, vendeu o dobro.
Assim, é fácil entender porque a Honda preferiu investir na nova geração do SUV e importar o sedã. Afinal, a indústria produz aquilo que tem demanda. Se o interesse cai, ela troca o produto. Foi o que fez quando o HR-V se tornou o principal produto no Brasil.
Civic nacional
Mesmo assim, não deixa de ser melancólico. O Civic foi responsável pela instalação da unidade de automóveis da Honda em 1997. Até então, ela importava seus carros e fabricava apenas motocicletas, em Manaus. Por aqui, o sedã teve cinco gerações com produção local e apenas uma importada, quando o modelo fez sua estreia em 1993.
Claro que as unidades fabris no interior paulista seguiram em funcionamento, mas é um tanto triste ver que o Civic se tornou um carro de nicho. Na verdade, o sedã se tornou uma carroceria de nicho. Por décadas foi uma das principais carrocerias da indústria, perdeu espaço para os hatches, monovolumes e foi engolido pelos SUVs.
É vida que segue!
Fotos: /Divulgação
Marcelo Jabulas é Jornalista.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas
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