A Audi lança no Brasil o utilitário-esportivo e-tron, primeiro modelo totalmente elétrico da marca das quatro argolas, que desembarca por R$ 460 mil. Não se trata de um automóvel barato, mas ele custa menos que o jipão Q8, que começa acima dos R$ 480 mil.
Mesmo sem pompas e circunstâncias, devido ao confinamento do coronavírus, a marca alemã já tinha programado o início das vendas modelo para este mês. Trata-se do terceiro modelo lançado em meio à pandemia, por meio de conferência remota. Antes dele vieram Tracker e Ranger Storm.
Mas deixando de lado as peculiaridades da apresentação à distância, fato é que o e-tron chega para engrossar a lista de automóveis elétricos no mercado brasileiro. Por aqui já figuram modelos como Leaf, Bolt EV, Renault Zoe e BMW i3. Mas o e-tron figura como o primeiro SUV elétrico do mercado e num patamar de sofisticação bem superior aos de seus colegas movidos a pilhas.
O modelo segue a receita de arquitetura dos elétricos modernos, que contam com plataformas exclusivas para esse tipo de motorização e que contemplam os berços para baterias sob o assoalho. No caso do e-tron, ele é construído sobre a plataforma MEB, que também é adotada no e-tron Sportback, que acabou de chegar ao mercado europeu.
Baterias e motores
Esse berço de baterias abriga 36 módulos que, segundo a marca, permite rodar até 436 quilômetros com uma carga. Elas alimentam dois motores (um instalado no eixo dianteiro e outro no eixo traseiro) que somados entregam 408 cv e 66,4 mkgf de torque.
O motor dianteiro despeja 30,9 mkgf, enquanto o traseiro entrega 35,5 mkgf. Na prática significa que o e-tron é um SUV com tração integral e aceleração de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. Valor impressionante para um SUV de 2,5 toneladas. Detalhe 700 quilos são apenas das baterias. É quase um Kwid em pilhas.
O e-tron, como todo modelo elétrico tem diferentes modos de regenerar carga utilizando energia das frenagens, assim como acionando sistema de recarga que utiliza a inércia para deslocar o carro e também gerar carga. Em outras palavras, quando ele estiver embalado e motorista soltar o acelerador, o movimento das rodas aciona uma espécie de gerador de corrente para as baterias.
A velocidade máxima do e-tron é limitada a 200 km/h. Pode parecer pouco diante de outros modelos com motorização mais modesta. Até mesmo um Audi A3 Sedan 1.4 vai muito além dos dos 200 km/h, mas trata-se de uma limitação em função da autonomia. Afinal, há uma grande demanda de energia para manter o carro em velocidades elevadas.
Por dentro do e-tron
O interior do e-tron combina refinamento com toda proposta futurista de sua motorização. O SUV abre mão dos retrovisores para adoção câmeras, que ajudam a reduzir a resistência do ar. As imagens são projetadas em telas que ficam nas portas, numa posição semelhante ao que o motorista buscaria nos espelhos.
Ele também conta um imenso quadro de instrumentos digital, que se tornou padrão na gama Audi e um sistema multimídia que contempla conexão com smartphones, navegação, câmeras 360º, dentre outras funções. O jipão ainda conta com assistentes de condução, frenagem automática e outros itens da cesta de conteúdos de um carro moderno. Completa o conjunto o teto solar panorâmico.
Assim o e-tron chega ao mercado para provar que carro elétricos não precisam ser exóticos, mas que podem entregar alto luxo e muito refinamento ao mesmo tempo.
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