O Audi A1, o pequenino das quatro argolas, caiu com uma luva no mercado por oferecer conteúdo, eficiência em uma embalagem miúda e valores mais mundanos que o restante de seus irmãos. E depois de oito anos de mercado, a marca alemã apresenta sua segunda geração, construída sobre a plataforma MQB, a mesma do primo Volkswagen Polo. E agora ela espera mais do carrinho.
O A1 vendeu quase 700 mil unidades só na Europa. É um volume considerável quando se trata de um modelo de nicho. O hatch se enquadra no segmento de subcompacto premium, que tem público menor que de seu irmão, o A3, se figura na categoria de compactos premium. Para se ter uma ideia o A3 vende em média 160 mil unidades ao ano. É justificável, o A3 oferece mais conteúdo e espaço, o que o torna uma escolha mais inteligente. Além disso o A3 custa cerca de 7 mil euros a mais, o que para o consumidor europeu não é um esforço inatingível.
No entanto o Grupo VW busca mais volume e acredita que o compartilhamento de plataforma e componentes com o primo da VW, que registrou 270 mil emplacamentos no ano passado, lhe dará uma vantagem competitiva.
A nova geração do A1 chega com carroceria renovada e funcional. A parte frontal mantém a identidade da primeira geração, mas com elementos mais retilíneos. O modelo ficou com carranca mais agressiva, seguindo o estilo do jipinho Q2. E por falar em Q2, aa lateral o grande destaque foi a remoção do “arco” sobre as portas para uma coluna C mais larga, tal como no SUV caçula.
[su_slider source=”media: 14368,14366,14364″ link=”image” target=”blank” title=”no” pages=”no”]
Outra mudança drástica foi a extinção da carroceria duas portas. Agora o modelo conta apenas com opção de quatro portas, mais prática, funcional e atrativa. Com 4,03 metros e 2,52 metros de entre-eixos, o A1 cresceu. São praticamente as mesmas dimensões do Polo, que é maior cerca de dois centímetros no cumprimento.
[su_slider source=”media: 14367,14365″ link=”image” target=”blank” title=”no” pages=”no”]
Por dentro a arquitetura foi retirada do VW, mas passou por um banho de loja. A posição dos elementos do painel segue a mesma ordem, com exceção dos difusores de ventilação, com duas saídas que envolvem o quadro de instrumentos digital. Até a tela do módulo multimídia segue o padrão do Polo ao invés da posição suspensa ou retrátil como dos demais modelos da marca. Afinal é preciso economizar.
Assim como o Polo, o A1 também recorre ao botão de partida sem chave junto à transmissão automática de seis marchas. Há opção pela caixa S-tronic de sete velocidades. O leque de motores parte da unidade 1.0 três cilindros turbo de 95 cv segue com a opção 1.5 de 150 cv e chega ao topo da gama com conhecido TFSI 2.0 calibrado para 200 cv.
O motor 1.0 turbo, assim como a unidade 2.0 de 200 cv também figuram na linha do Polo, sendo que a mais potente é exclusiva para o Polo GTI, que custa algo de 32 mil euros. Para levar o mesmo motor (na atual geração do A1), o consumidor do Velho Mundo pagará pelo menos 42 mil euros.
Ou seja, Polo e A1 se tornaram automóveis muito parecidos, não apenas pelas semelhanças estruturais, mas por utilizar mesmo conjunto motor e suspensão. Claro que o Audi irá se diferenciar pelos itens de comodidade, acabamento e segurança, como assistentes de condução, assim como amortecedores com ajuste eletromagnético de carga, indisponíveis no VW.
Mas no frigir dos ovos é perceptível que a Audi busca maior penetração de mercado com o A1, que deixa de ser um carrinho de jovens descolados para ser um subcompacto funcional, mas com embrulho mais requintado.
[su_divider]
Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).
Contato: (31) 99245-0855
[su_divider]
Ver comentários (1)
Porcaria de matéria