Aposentado há quase 20 anos, Mazda RX-7 ainda é um carro a ser superado

Mazda RX-7 – Os esportivos japoneses viveram seu apogeu nos anos 1990, muito em função do bom desempenho no automobilismo a partir da segunda metade dos anos 1980. No entanto, os japoneses já fabricavam esportivos desde a década de 1970, como uma estratégia para ganhar volume no mercado norte-americano. Modelos como Toyota Celica e Datsun (Nissan) 240Z são os melhores exemplos.

Nessa toada, a Mazda também viu que poderia ter sucesso com modelos de apelo jovial e lançou em 1978, o RX-7. Com desenho assinado por Matasaburo Maeda, o cupê tinha linhas agressivas, capô longo e afilado, faróis escamoteáveis, para-brisas traseiro abaulado, como no Porsche 911 Targa, mas com clara inspiração no 924.

Ou seja, o RX-7 dava um banho de estilo nos concorrentes japoneses. O visual do RX-7 era tão legal que, muito de seu estilo foi replicado na quarta geração do Chevrolet Corvette, a C4, apresentado em 1983. Era um carrinho leve, econômico e muito ágil. Até 1984 vendeu quase 500 mil unidades, no Japão, Estados Unidos e Europa.

 

Wankel

Sob o capô ele era equipado com motor Wankel, que a marca japonesa adotou, ainda nos anos 1960, como solução para ganhar desempenho e atender à exigências tributárias japonesas, que sobretaxavam motores acima de 1,5 litro. Ela manteve esse motor em produção até 2012.

Apesar de ser um tanto exótico, em relação aos convencionais motores de pistões em linha, acionado por virabrequim, para a época, o Wankel era uma solução para modelos compactos, pois não demandava muito espaço no capô. Diversos modelos receberam a unidade, inclusive a picape leve Rotary.

Em 1985, a Mazda lançou a segunda geração do RX-7, que mantinha seus principais elementos estéticos, capô longo, faróis escamoteáveis, para-brisas traseiro envolvendo a carroceria, mas com um estilo mais robusto. Em linha por sete anos, vendeu aproximadamente 270 mil unidades.

 

A mais legal

A geração mais popular foi a terceira (DF), que ficou em linha por 10 anos, lançada nos anos 1990, na chamada era de ouro dos esportivos japoneses. Por outro lado, foi também a geração de menor tiragem, com apenas 68,5 mil unidades, muito em função de uma tributação extra, pelo fato de o modelo ferir a legislação ambiental japonesa.

Seu desenho mantinha sintonia com as edições anteriores, com uso de faróis escamoteáveis, ausência de janelas espias e para-brisas traseiro abaulado. No entanto com formas arredondadas. Até hoje é um dos carros mais bonitos criados no Japão, ao lado do Toyota Celica, de quinta geração.

Por dentro, o RX-7 tinha painel com instrumentos voltados para o motorista, como era de praxe nos esportivos da época, envolvendo o condutor como num cockpit. Até mesmo os difusores e controles do ar-condicionado eram voltados para as mãos de quem estava ao volante. Detalhe para a posição paralela entre freio de mão e o trambulador, o que indicava que alavanca tinha “função” na condução.

 

Potência do Mazda RX-7

Sob o grande capô, o RX-7 guardava um seu pequeno Wankel, montado atrás do eixo dianteiro, o que lhe garantia excelente distribuição de peso. Com apenas 1.3 litro auxiliado por dois turbos entregava 280 cv, que era mais que suficientes para garantir excelente comportamento nas ruas e também nas pistas.

Como todo bom esportivo sua tração era traseira e a transmissão manual de cinco marchas, que faziam do RX-7 um carrinho visceral de guiar, assim como um Porsche 993. No entanto, a Mazda também oferecia opção com caixa automática de quatro velocidades.

Seu desempenho era fantástico, pois era um carro que acelerava rápido, com engates curtos e direção muito direta. A tração no eixo posterior garantia a diversão, pois permitia saídas de traseira com facilidade.

Em seus 10 anos de fabricação, a geração DF teve inúmeras versões, entre elas a Type R Bathurst, que homenageava o desafiador circuito australiano, com seus estreitos trechos urbanos.

Em 2003, o RX-7 foi substituído pelo RX-8, que manteve o motor rotativo sob o capô. Era um carro bonito, com desenho musculoso e contava com duas pequenas portas traseiras para facilitar o acesso. O RX-8 ficou em linha até 2012, com 192 mil unidades fabricadas, mas nunca conseguiu superar a fama de seu antecessor.


Fotos: divulgação


Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 

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