Andar na linha é fundamental

Por Marcelo Iglesias

 

A manutenção do automóvel tem se tornado mais simples nos últimos anos devido aos processos de fabricação, mais modernos e precisos, e o emprego de materiais de melhor qualidade. Mas, nem por isso, significa que o proprietário está isento de algumas atenções com seu veículo. Afinal, o uso cotidiano implica em desgastes de componentes como: óleo lubrificante, pastilhas e lonas de freio, correia, amortecedores, pneus e até mesmo ajustes como o alinhamento das rodas.

Especialistas recomendam que o alinhamento seja verificado a cada 10 mil quilômetros para que ocorra um desgaste regular dos pneus, além de manter a dirigibilidade do carro. Muitas vezes, porém, é preciso visitar a oficina antes. Isso porque, ao passar em buracos, valetas, uma subida em um meio-fio ou qualquer impacto das rodas dianteiras em algum obstáculo, pode provocar um desalinhamento que, além do desgaste irregular dos pneus, faz o carro puxar para um dos lados em linha reta e, ainda, compromete a estabilidade.

 

Mas, o que é alinhamento?

O alinhamento, como o nome indica, é o ajuste das rodas dianteiras de forma que elas fiquem de acordo com as especificações dos fabricantes, com valores que variam de modelo para modelo. Um carro desalinhado é quando uma das rodas está fora dessa posição, que pode ser em ângulo convergente (quando uma ou as duas rodas estão viradas para dentro) ou divergente (quando uma ou as duas rodas estão viradas para fora).

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O alinhamento também exige verificação da cambagem, que é a posição vertical da roda em relação ao piso. Quando ela inclina a parte inferior para fora, é a chamada cambagem negativa; para dentro, é a cambagem positiva. Outro tipo comum de desalinhamento é quando a roda se desloca para frente ou para trás. É o chamado ângulo de cáster, que também deve ser verificado durante o alinhamento. Todos esses ângulos devem ficar dentro dos valores indicados pelo fabricante do veículo.

Todas essas posições fora do alinhamento podem provocar danos a demais componentes do automóvel, como o sistema de suspensão, buchas e amortecedores, assim como o desgaste acelerado dos pneus, aumento do consumo de combustível, além de interferir na estabilidade do veículo.

Perceber que o carro está desalinhado não é difícil. Geralmente, a direção começa a puxar para um dos lados e fica pesada para manter o carro em linha reta. O desgaste irregular da banda de rodagem também indica que as rodas estão desalinhadas. Porém, mesmo que isso não aconteça, verifique o alinhamento do seu carro a cada 10 mil quilômetros, pois o desgaste natural das peças também pode provocar um desalinhamento. Fazendo isso, no mínimo, você vai ficar tranquilo, sabendo que tudo está em ordem.

 

Fotos: internet

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