Fiat Toro
Líder no segmento de picapes compactas há mais de 15 anos, com a Strada, agora a Fiat quer repetir, com a Toro, o sucesso em um outro segmento: o das picapes “quase médias”. É isso mesmo, com 4,915 m de comprimento, é um pouco maior do que a Renault Duster Oroch (4,693 m) e menor do que uma Chevrolet S10 (5,347 m). Tamanho que acabou criando um novo “sub-segmento”, junto com uma nova sigla inventada pela Fiat: a SUP, ou Sport Utility Pick-up.
Criada e desenvolvida no Brasil, a picape cabine dupla Toro utiliza a mesma plataforma global do Renegade, chamada Small-Wide, ampliada para poder utilizar uma carroceria maior e com caçamba. Está sendo produzida na fábrica da Jeep em Goiana, Pernambuco, e vai estar nas concessionárias no fim deste mês de fevereiro. Seu design também é brasileiro, inspirado no conceito FCC4, que foi mostrado no Salão do Automóvel de São Paulo, em 2014.
A ideia da Fiat ao criar a Toro, foi fazer um veículo com infinitas possibilidades, unindo as características de um SUV, de picape e de automóvel, atendendo às necessidades de vários tipos de clientes. E também, é claro, se diferenciar dentro desse segmento que é bem concorrido. A carroceria é tipo monobloco, tem quatro portas, lugar para cinco pessoas, versões com motores 2.0 diesel e 1.8 flex, câmbio automático de 6 ou 9 marchas ou, ainda, manual de 6, com trações 4×2 e 4×4. Enfim, uma mistura que, com certeza, vai agradar a muita gente.
Com linhas um tanto futuristas e ousadas, a Toro chama a atenção por onde passa, principalmente por sair do que se pode chamar de “convencional”. Mas, no todo, agrada. Internamente, qualquer semelhança com o Jeep Renegade não é mera coincidência. Usa, basicamente, o mesmo quadro de instrumentos e sistema multimídia e, apesar de ter um design próprio, não consegue esconder a origem. Apesar do uso de muito plástico, o acabamento é muito bem feito e passa uma grande sensação de robustez, principalmente pelo bom isolamento acústico.
Graças a uma boa distância entre-eixos de 2,98 m, o espaço interno é bom, tanto que atrás três adultos se acomodam melhor do que no Renegade, por exemplo. Desde a versão de entrada, a Freedom, a Toro vem bem equipada de série com direção elétrica, rádio com Bluetooth e entrada USB, computador de bordo, ar-condicionado, lanterna traseira de neblina, sensor de estacionamento traseiro, piloto automático e trio elétrico. No quesito segurança, já vem com sistema Isofix para prender cadeirinhas infantis, controles de tração e estabilidade, auxiliar de partida em rampa, apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes.
A caçamba da Toro tem uma capacidade de 820 litros, que pode ser ampliada em mais 405, com um inédito e exclusivo extensor. Um detalhe interessante e inovador é a tampa traseira da caçamba bi-partida. Com duas portas que se abrem lateralmente, tem a possibilidade de abertura de somente uma delas. Leve e prática, o sistema facilita o acesso ao compartimento de carga. O sistema foi patenteado pela Fiat.
Mecânica e como andam
São dois conjuntos mecânicos distintos para a Toro. O 1.8 Flex, com câmbio automático de 6 marchas, e o 2.0 turbodiesel, com câmbio manual de 6 marchas ou automático de 9 marchas.
O motor 1.8 Flex foi melhorado para permitir um melhor desempenho à Toro e ganhou o nome de EtorQ EVO. Agora, tem coletor de admissão variável e comando de válvulas de admissão com variador de fase. Com esses aperfeiçoamentos, passa a entregar 135 cavalos e 18,8 kgfm de torque com gasolina e 139 cv e 19,3 kgfm com etanol. Esse motor com câmbio automático de 6 marchas e tração dianteira, só está disponível na versão de entrada Freedom e em uma série especial de lançamento chamada de Openning Edition, que é mais bem equipada.
O test-drive no lançamento foi muito pequeno, mas deu para sentir que o motor 1.8 ainda deixa um pouco a desejar, quando o assunto é desempenho. No chamado dia a dia na cidade, até que ele se sai razoavelmente bem, já que, segundo a Fiat, 80% do torque surge a 2.000 rpm, facilitando a vida nas médias velocidades. Porém, nas acelerações mais fortes, sente-se a falta de uma maior potência, problema que deve se evidenciar quando estiver com carga.
A versão Freedom também pode vir com o motor 2.0 turbodiesel Multijet 16V, de 170 cavalos e 35,7 kgfm de torque, com câmbio manual de seis marchas e tração 4×2 ou 4×4. O desempenho, em ambas, é praticamente igual e bem melhor que a versão flex, principalmente no que diz respeito às retomadas de velocidade. A mais cara e bem equipada, é a Volcano, disponível somente com o motor 2.0 turbodiesel, câmbio automático de 9 marchas e tração 4×4, conjunto igual ao do Renegade Trailhawk. Com um maior número de marchas, as acelerações e retomadas são melhores.
Entre os diferenciais da Toro está a suspensão independente nas quatro rodas, sendo do tipo McPherson na frente e um sofisticado multilink na traseira. Um sistema que permitiu à engenharia dar à picape um comportamento muito próximo ao de um automóvel, tanto no conforto ao rodar quanto na estabilidade e, o que é mais importante, sem variar muito com o aumento da carga transportada.
A transmissão 4×4 é do tipo “sob demanda”. Ou seja, normalmente a picape roda só com a tração dianteira, melhorando o consumo de combustível. Caso o sistema sinta a necessidade, consegue transferir até 40% do torque para as rodas traseiras, incrementando a tração e a estabilidade. Por meio de um botão giratório no console, pode-se “travar” a tração nas quatro rodas ou, ainda, usar a posição “low”. Não é uma reduzida, mas um software na central eletrônica que faz com que o câmbio automático só use, preferencialmente, as marchas mais baixas, além de adequar o ABS e os controles de tração e estabilidade para uma situação “off-road”. Por falar nisso, os 20,6 cm de vão livre do solo fazem com que a Toro 4×4 encare, com tranquilidade, terrenos mais acidentados no fora-de-estrada.
A Fiat Toro tem 3 anos de garantia de fábrica completa, que pode ser estendida para mais um ou dois anos, além de inovar com um plano de revisão sob medida, onde o cliente poderá comprar pacotes de revisões programadas, de acordo com o perfil de uso e motorização. São pacotes de duas a 10 revisões para a versão Flex e de duas a cinco para as versões diesel. Alem disso, a Toro tem mais de 50 opções de acessórios desenvolvidos pela engenharia e que são instalados em uma linha especial de personalização na própria fábrica.
Preços:
– Fiat Toro Freedom 1.8 flex (câmbio automático de 6 marchas, 4×2): R$ 76.500
– Fiat Toro Openning Edition 1.8 flex (automático de 6 marchas, 4×2): R$ 84.400
– Fiat Toro Freedom 2.0 diesel (manual de 6 marchas, 4×2): R$ 93.900
– Fiat Toro Freedom 2.0 diesel (manual de 6 marchas, 4×4): R$ 101.900
– Fiat Toro Volcano 2.0 diesel (automático de 9 marchas, 4×4): R$ 116.500
Veja o clipe oficial do Fiat Toro:
Lista de equipamentos Freedom 2 0 Diesel 4×4
Lista de equipamentos Freedom 2 0 Diesel 4×2
Lista de equipamentos Freedom 1 8 FLEX
Lista de equipamentos Freedom 1 8 FLEX Openning Edition
FT_Fiat_Toro_Volcano_20_TurboDiesel_AT9 (2)
FT_Fiat_Toro_Freedom_20_TurboDiesel_MT6_4X4
FT_Fiat_Toro_Freedom_20_TurboDiesel_MT6_4X2
FT_Fiat_Toro_Freedom_18_Flex_AT6
Fotos: Emilio Camanzi e Divulgação FCA Group
Ver comentários (5)
Muito bonita essa caminhoneta, Linda essa touro é forte, sou vendedor de portões automáticos e tenho uma serralheria é dessa que eu preciso
A Fiat acertou na Toro. Bem que esse motor repaginado poderia ir para outros modelos da marca. O Doblo por exemplo agradeceria pelo torque extra e o Punto Sporting/Black Motion finalmente teriam uma pimenta ao nível do apelo visual que eles têm.
Promete bem. Tamanho adequado, nem grande demais, nem pequena, e aparentemente completa. A ver.
Sem Dúvidas Emílio uma das melhores do segmento.
Muito bonito esse carro. E esse nome? Sou biólogo, e a Toro vai servir direitinho em meu trabalho.